Arena MRV: um ano de conquistas e desafios na casa do Galo

  • Público da Arena MRV supera período de 2021 a 2024 no Mineirão
  • Casa do Galo também sofre com problemas estrturais
Arena MRV completou aniversário na última terça-feira (27)
Arena MRV completou aniversário na última terça-feira (27) / DOUGLAS MAGNO/GettyImages
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Agosto, mês do desgosto? Não para a massa atleticana. O mês, especialmente o dia 27, ficou marcado pela passagem de um ano da Arena MRV, que deu início a uma nova era para o Atlético-MG. A casa do Galo foi inaugurada com uma vitória sobre o Santos, de 2 a 0, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, e rapidamente se tornou palco de conquistas, mas também de desafios. 

Números expressivos

Desde a sua inauguração, a Arena MRV recebeu 32 partidas, superando um público de mais de um milhão de torcedores, com uma média de 34.388 pessoas, gerando uma taxa de ocupação média de 77%. Curiosamente, os números são melhores, em comparação com o Mineirão, que tinha uma média de 34.893 pessoas, entre 2021 e 2024.

O Atlético-MG soma 20 vitórias, sete empates e cinco derrotas, tendo um aproveitamento de 69,8%. Paulinho e Hulk são os artilheiros do estádio, ambos com 15 gols marcados. O camisa 7 e capitão alvinegro também se destaca como líder de assistências: 12.

Hulk, Paulinho
Paulinho e Hulk são os artilheiros da Arena MRV / Pedro Vilela/GettyImages

Estatísticas no futebol

  • Jogos: 32
  • Vitórias: 20
  • Empates: 7
  • Derrotas: 5
  • Aproveitamento: 69,8%
  • Gols marcados: 58
  • Gols sofridos: 28
  • Artilheiros: Hulk e Paulinho (15 gols)
  • Jogadores com maiores assistências: Hulk (12) e Scarpa (8)

Estatísticas em relação à torcida

  • Maior público: 44.048 torcedores
  • Maior receita: R$ 2.938.194,42
  • Média de público: 34.388 torcedores
  • Média de receita bruta: R$ 2.272.095
  • Média de receita líquida: R$ 1.484.273,97

Desafios e aprendizados

Nem tudo são flores. Apesar dos pesares, a Arena MRV não conseguiu ser um “caldeirão” para intimidar os adversários do Galo. O time teve dificuldades para derrotar o rival Cruzeiro nos dois primeiros confrontos, tendo êxito apenas no terceiro encontro, ganhando por 3 a 0, resultado que sacramentou o título do Campeonato Mineiro de 2024.

Mas triunfar sobre o principal adversário era apenas um dos dilemas, que, aliás, ainda atormentam o Atlético-MG. Existem também problemas estruturarias, reconhecidos posteriormente pelo clube, como o caso da acústica. No mês de julho, o Alvinegro se viu obrigado a encontrar uma alternativa: amplificadores de sons, uma solução mais rápida, para emitir os cânticos da massa nas arquibancadas, mas não é a resolução dos problemas.

O gramado também é uma das grandes reclamações, principalmente de jogadores. Durante esse um ano, a qualidade sempre foi questionável, precisando ser trocado inúmeras vezes. O Galo precisou, novamente, fazer o tratamento de forma intensiva. 

"Temos que rever essa situação do gramado para poder nos ajudar mais nos jogos. Quem sabe trocar de estádio, tem o Independência e o Mineirão. Acho que qualquer um dos outros estádios de BH vai nos ajudar mais do que a Arena nos ajuda hoje."

Paulinho, um dos artilheiros do time.

O time não atua em casa desde o dia 20 de agosto. Conforme o clube, o gramado está passando por um tratamento intensivo de nutrição, cortes e nivelamento, além da utilização de luz artificial. Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG, revelou a Rádio 98 que essa troca poderá demorar até 30 dias, além de não ser uma garantia de melhoria. 

"Então a gente fez esse transplantio, que é a última recomendação das empresas, porque a grama precisa de um tempo de enraizamento. A grama demora às vezes sete, quinze, vinte dias, trinta dias, dependendo da condição. A ideia agora nesses próximos dias é dar o descanso, fazer todo o tratamento intensivo, acompanhar dia a dia como essa grama estará e a gente vai monitorar isso. Não há perspectiva de ter um gramado excepcional, não há perspectiva de um gramado totalmente adequado para o jogo."

Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG

Enquanto ainda não encontra uma solução definitiva para a acústica, Bruno Muzzi já possui alternativas para evitar o prejuízo drástico dos gramados: “Se a gente não conseguir superar a questão da legislação para a grama sintética para 2025, que é o meu desejo, que acho que todos nós já chegamos à conclusão que é um bom caminho, agente está avaliando outros caminhos”.

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