Argentina cobra demissão de brasileiro que chefia comissão de arbitragem da Conmebol – entenda
Por Antonio Mota
Wilson Luiz Seneme vive os seus dias mais tensos na Conmebol. Referência de arbitragem no Brasil há muitos anos e chefe da comissão de arbitragem da Conmebol desde agosto de 2016, quando foi nomeado pelo presidente Alejandro Domínguez, o ex-árbitro brasileiro está sendo pressionado por cartolas da Argentina. Os erros dos ‘profissionais do apito’ aumentaram a tensão na entidade sul-americana nas últimas semanas.
De acordo com informações do UOL Esporte, a imprensa argentina informou que Seneme poderia ser demitido nos últimos dias, em especial pela pressão do Boca Juniors – os Xeneizes alegam que foram prejudicados pela arbitragem na eliminação para o Atlético-MG nas oitavas de final da Libertadores. A Conmebol, porém, garante que o brasileiro vai continuar no cargo.
Internamente, a entidade máxima do futebol da América do Sul projeta que a pressão contra o brasileiro vai se manter ao menos até meados do próximo mês de agosto, quando os jogos das quartas de final da Libertadores e da Sul-Americana deverão acontecer. Vale notar que até cinco times brasileiros poderão estar nessa fase do torneio: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Atlético-MG e, caso avance, o Fluminense.
O Brasil foi o país que mais colocou times nas quartas de final da Libertadores. A Argentina, por exemplo, enviou apenas um representante: o River Plate. O Equador também mandou uma equipe: o Barcelona de Guayaquil. O Paraguai, que já conta com o Olimpia, aguarda para saber se vai mandar mais um time (Cerro Porteño) para essa fase.
Diante deste cenário, Wilson Luiz Seneme pode até ser demitido na sequência da temporada, mas não por pressão do Boca. O clube, assim como a AFA (Associação do Futebol Argentino), não tem mais tanta proximidade – e muito menos poder – com as cabeças da Conmebol.
Futuro de Seneme e o VAR
Embora esteja “garantido” no cargo, Seneme e comissão de arbitragem da Conmebol não estão em um bom momento. Recentemente, por exemplo, a entidade sul-americana admitiu publicamente erros em duas partidas: Boca Juniors x Atlético-MG e Fluminense x Cerro Porteño – sendo nesse segundo caso a falha mais grotesca.
De todo modo, a Conmebol gosta da postura de Seneme e o segura no cargo. Porém, para ter um futuro na entidade, o brasileiro vai precisar que o VAR seja mais eficiente nos torneios sul-americanos.
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