As 7 conclusões mais dramáticas dos pontos corridos no futebol mundial

Aguero, do Manchester City, levanta a taça da Premier League, na temporada 2011/12
Aguero, do Manchester City, levanta a taça da Premier League, na temporada 2011/12 / Shaun Botterill/GettyImages
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Não há nada como o último dia da temporada do futebol quando tudo ainda está em jogo. 

A emoção de ver dois ou três times jogando a vida nos últimos 90 minutos para levantar o título, evitar o rebaixamento ou conseguir uma vaga para disputar as competições continentais é uma das sensações mais incríveis do futebol. Muitas vezes, inclusive, é ainda mais empolgante do que uma final direta.

Sendo assim, o 90min separou sete das conclusões de temporadas por pontos corridos mais épicas entre as melhores ligas do futebol mundial… ranqueadas justamente por quão dramáticas elas foram. Vamos nessa!

7. A selvagem última rodada da Ligue 1 na temporada 2007/08

Karim Benzema, atacante do Lyon na temporada 2007/08
Karim Benzema comandou o Lyon ao título da Ligue 1 de 2008 / JEAN-PIERRE CLATOT/GettyImages

É verdade que nos anos recentes o PSG tem frequentemente encontrado seu caminho até o título da Ligue 1, mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que o time de Paris lutava contra o rebaixamento.

Uma dessas temporadas foi a de 2007/08, quando, no último dia, o time ainda precisava evitar uma derrota para garantir a sobrevivência. Esta foi uma de diversas narrativas, com o Lyon disputando o título com o Bordeaux e um quarto da liga correndo pelas vagas nas competições europeias.

Apesar de ter desperdiçado uma liderança de 1 a 0, o PSG venceu o Sochaux por 2 a 1, enquanto os resultados conspiraram contra o Lens, que não conseguiu alcançar os parisienses e o Toulouse, e foi rebaixado com 40 pontos.

Um Lyon com Karim Benzema inspirado venceu o Auxerre por 3 a 1 para ficar de vez com o título, com o Bordeaux empatando em 2 a 2 com o Lens. O Marseille ficou com a última vaga para a Champions League em uma vitória dramática por 4 a 3 sobre o Strasbourg - o suficiente para desqualificar o Nancy, que em determinado momento do dia esteve quatro pontos na frente, na terceira colocação.

Metz x Le Mans foi o único jogo que não teve nenhum suspense, com os donos da casa já rebaixados e os visitantes no meio da tabela. E até mesmo essa partida terminou em vitória por 4 a 3 para o Metz, que abriu vantagem de 3 a 0 em apenas 34 minutos.

Que dia!

6. O beijo de Maradona traz boa sorte ao Boca

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Carlos Tévez buscou boa sorte para o Boca Juniors em um beijo do maior ídolo da história do futebol argentino / Marcos Brindicci/GettyImages

A rivalidade mais famosa fora da Europa e uma das mais intensas do mundo, Boca Juniors e River Plate realmente sabem como dar um show.

No início do último dia da temporada de 2019/20, o River liderava por um ponto e vinha mantendo a posição por sete semanas. Só precisava vencer o Atlético Tucumán, no meio da tabela, e o título estava garantido. 

No entanto, apesar de lutar para reverter um 1 a 0 para o adversário e ir com o placar igualado para o vestiário, o River não conseguiu quebrar seu oponente e deixou uma porta aberta para seu grande rival.

Em La Bombonera, no entanto, o Boca enfrentava seus próprios problemas, ainda empatando em 0 a 0 com o Gimnasia - comandado, na época, pela lenda do clube, Diego Maradona - após 70 minutos de jogo.

Ainda bem para o Boca, o atacante veterano Carlos Tévez havia dado um beijo de boa sorte na boca de Maradona antes do jogo e, apesar da dedicação do ídolo argentino para vencer seu ex-clube, o Gimnasia perdeu.

Tévez anotou um golaço de fora da área aos 71 minutos e levou a arquibancada à loucura, punindo o River Plate sem piedade. Temos certeza que, longe das câmeras, Maradona também tinha um sorriso no rosto. 

5. Internacional desperdiça oportunidade de vencer o primeiro título desde 1979

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Jogadores do Internacional choram em campo, inconsoláveis, após empate com o Corinthians e título do Flamengo no Brasileirão 2020 / Silvio Avila/GettyImages

Há quem sinta falta do sistema de mata-mata no Brasil, dizendo que o formato de pontos corridos deixa o final do Campeonato Brasileiro monótono. No entanto, absolutamente ninguém pode dizer isso sobre a temporada de 2020, quando Flamengo e Internacional disputaram o título até o último segundo.

O Inter se manteve na liderança por seis rodadas consecutivas enquanto a temporada chegava ao seu clímax, e tudo parecia encaminhado para a conquista do título - o primeiro desde 1979.

Porém, tudo mudou quando o time entrou em campo contra o atual campeão da época, Flamengo, na penúltima rodada. O Colorado abriu o placar aos 12 minutos, fora de casa, mas Arrascaeta logo empatou. Para piorar, o VAR recomendou revisão de um lance envolvendo o atleta Rodinei, que curiosamente pertencia ao Flamengo e estava emprestado ao Inter. Resultado: cartão vermelho para Rodinei, Flamengo com um a mais em campo e gol da vitória pelos pés de Gabigol. Bom para o Rubro-Negro, que ultrapassou seu adversário e entrou na última rodada com vantagem de dois pontos.

As duas equipes fecharam a temporada ao mesmo tempo, em uma dramática noite de quinta-feira. O Flamengo só precisava vencer o São Paulo fora de casa para ficar com o bicampeonato, mas começou perdendo por 1 a 0 ainda no primeiro tempo, conseguiu empatar, mas levou outro gol e perdeu por 2 a 1. O próprio São Paulo já havia liderado o torneio e deixou escapar na segunda metade, mas mostrou sua qualidade no pior momento possível para o Flamengo.

Isso deixou a porta aberta para o Internacional, mas, inacreditavelmente, o VAR revisou um pênalti e marcou impedimento no que seria o gol do título de Edenílson, aos 51 minutos do 2º tempo. O empate em 0 a 0 com o Corinthians, 12º colocado, deixou o Inter a um ponto do tão aguardado fim do jejum de títulos nacionais - que ainda continua.

4. As lágrimas de Ronaldo com a chance de título perdida e o 3º lugar da Internazionale

Ronaldo, Internazionale, Inter de Milão
Ronaldo viu o título italiano escapar de suas mãos e da Internazionale em 2002 / Grazia Neri/GettyImages

A Internazionale é vista hoje como uma das maiores equipes do futebol italiano e mundial. No entanto, em um passado não tão distante, era mais conhecida por deslizes épicos e quase impossíveis.

Mas nenhum deles supera o colapso da temporada 2001/02.

Os Nerazurri lideraram a tabela - na época com 18 times - por 15 das 33 rodadas do Campeonato Italiano, e entravam na última. A fórmula era simples: vencer a Lazio - que, por sua vez, já havia perdido e ganhado o título na última rodada do campeonato em temporadas anteriores - para evitar perder para a Juventus ou para a Roma.

Nas arquibancadas, torcedores de Lazio e Inter sentaram juntos, com os donos da casa desesperados para impedir a Roma de vencer o Scudetto. No campo, porém, a história era diferente, com a Lazio virando o jogo duas vezes para, eventualmente, vencer a Inter de Milão por 4 a 2.

Tanto Roma quanto Juventus venceram seus jogos contra Torino e Udinese, respectivamente, deixando a Inter para trás na batalha pelo título. O time comandado por Hector Cuper ficou atrás até mesmo da Roma, em terceiro lugar. Quando as notícias chegaram ao estádio, pudemos testemunhar as imagens icônicas do ídolo Ronaldo, em lágrimas, no banco de reservas. 

Quando estiver em Milão, não mencione o dia 5 de maio de 2002! 

3. Bayern de Munique: o Campeão dos Corações

Bayern de Munique, Patrik Andersson, Willy Sagnol, Stefan Effenberg, Oliver Kahn
A temporada de 2000/01 foi emocionante - até demais - para o Bayern de Munique / Stu Forster/GettyImages

Lembra quando o Bayern sofria para vencer a Bundesliga? Bom, talvez eles nunca precisaram suar tanto quanto em 2000/01.

Os bávaros perderam a primeira posição na tabela na rodada 29 com a derrota em Munique por 3 a 1 para o Schalke, que tomou a liderança. Mas na 33ª rodada, o Bayern conseguiu voltar para a ponta da classificação. 

Eles precisavam de apenas um ponto contra o 13º colocado Hamburgo no último dia do campeonato para garantir o título, independentemente do que o Schalke fizesse. Mas os Azuis Reais colocaram pressão ao buscarem a virada após começarem perdendo por 2 a 0 e 3 a 2 contra o já rebaixado Unterhaching e vencerem por 5 a 3.

E o Schalke pensou que seria campeão quando veio a notícia de que Sergej Barbarez havia colocado o Hamburgo na frente do Bayern aos 45 minutos do segundo tempo. Os torcedores ficaram tão empolgados que a festa já tinha começado nas arquibancadas.

Mas o êxtase virou frustração quando, aos 49 minutos do segundo tempo, Patrik Andersson encheu o pé e balançou as redes em um tiro livre indireto. A torcida explodiu em festa, os jogadores do Bayern foram ao delírio e o Schalke agonizou uma dor impossível de replicar em qualquer outro esporte.

2. Real Madrid supera Barcelona graças aos confrontos diretos

Julio Baptista, Barcelona, Real Madrid, La Liga 2007
Com mais vitórias no confronto direto, o Real Madrid partiu os corações dos torcedores do Barcelona na temporada de 2007 de La Liga / Jasper Juinen/GettyImages

El Clásico é uma rivalidade sem igual e, na temporada 2006/07, o Real Madrid levou quatro dos seis pontos disputados contra o Barcelona. Venceu por 2 a 0 em casa e saiu do Camp Nou com um empate em 3 a 3 em um jogo que deveria ter ganhado.

Mas o fato de ter evitado a derrota fora de casa fez toda a diferença. No último dia de campeonato, o Real Madrid virou o jogo contra o Mallorca após começar perdendo por 1 a 0 e venceu por 3 a 1 com dois gols de José Antonio Reyes e outro de Mahamadou Diarra, em um intervalo de 12 minutos no segundo tempo. Os Blancos ultrapassaram o Barcelona para conquistar o título de La Liga pela vantagem no confronto direto - o primeiro critério de desempate na Espanha.

O time catalão ainda havia desperdiçado a chance de assumir a liderança na semana anterior, quando deixou escapar a vitória nos minutos finais contra o rival da cidade, Espanyol, e empatou em 2 a 2. E vale lembrar que, a doze rodadas do fim, o Real Madrid era apenas o quarto colocado. 

1. AGUEROOOO!!!

Sergio Aguero faz o gol do título do Manchester City da Premier League em 2012, contra o Queens Park Rangers
Seria este gol de Aguero o momento mais icônico na história da Premier League? / Tom Jenkins/GettyImages

O momento mais marcante da história da Premier League?

Sair da quarta posição para ganhar o título em um intervalo de 12 jogos foi impressionante.

A história do Bayern de 2001 foi certamente dramática. Mas nada vai superar aquele momento de Sergio Aguero. O momento que fez toda uma cidade chorar - de alegria ou de desespero. O momento que deixou homens, mulheres e crianças incrédulos. Nem Sir Alex Ferguson soube como reagir.

Estar atrás no placar contra o ameaçado de rebaixamento Queens Park Rangers por 2 a 1, não conseguir furar a retranca de um time com 10 jogadores em campo e estar próximo de desperdiçar uma chance de ouro de ser campeão pela primeira vez desde 1968. E o título ainda ficaria com o rival da cidade.

13 de maio de 2012 tinha tudo para ser um pesadelo para os torcedores do Manchester City.

Mas você sabe bem o que aconteceu depois.

Dzeko aos 92 minutos.

E, aos 94 minutos, o passe sutil de Mario Balotelli para AGUEROOOOOOO! Um pesadelo que se transformou no sonho mais doce.


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