Atlético-MG denuncia racismo de torcida em jogo da Libertadores e Conmebol abre processo

Carabobo e Atlético-MG empataram sem gols na Venezuela
Carabobo e Atlético-MG empataram sem gols na Venezuela / FEDERICO PARRA/GettyImages
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O que era para ser apenas uma partida da fase preliminar da Libertadores, também se tornou em algo com cenas lamentáveis. Ao chegar no estádio Olímpico da Universidad Central da Venezuela, para o confronto diante do Carabobo nessa quarta-feira (22), a delegação do Atlético-MG foi recebida com gritos racistas por parte de torcedores rivais.

Após tomar conhecimento do episódio, a Conmebol imediatamente se manifestou contra os atos. A entidade deve abrir um processo disciplinar, podendo gerar multa financeira e desportiva ao clube envolvido. "A CONMEBOL considera totalmente inaceitável qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência em seus torneios".

Em coletiva de imprensa após o empate em 0 a 0, o zagueiro Jemerson falou sobre o caso e cobrou medidas dos responsáveis. "Não ouvi, mas escutei os relatos. Eu acho que é uma coisa que vem repetidamente acontecendo. Espero que as autoridades, quem tem o poder, tome as providências. Ou vamos continuar relatando e nada acontece. Até quando?".

"Acho que as autoridades têm que ver o que está acontecendo e tomar providências, seja com os clubes, com os torcedores. Isso vem de anos, vamos esperar até quando? O Atlético está tomando providências, vamos ver o que vai acontecer"

Jemerson, zagueiro do Atlético-MG

O Galo faz o jogo da volta contra o Carabobo no dia 1º de março, no Mineirão. Em caso de um novo empate, a partida vai para os pênaltis. Uma vitória simples classifica a equipe para a próxima fase da competição.