Atlético-MG planeja orçamento de R$ 400 milhões para o futebol em 2024

O presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, e o CEO do clube, Bruno Muzzi, conduziram uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (14) para detalhar o funcionamento e a gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Galo. O clube está operando com um orçamento expressivo de R$ 400 milhões destinados ao futebol na próxima temporada.

"O orçamento do Atlético para 2024 vai ser R$ 500 milhões, com R$ 400 milhões direcionados diretamente para o futebol. Todos os recursos que forem gerados pelo futebol, ficarão no futebol. É uma das nossas premissas"

- Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG

Com a recente regulamentação do novo modelo da instituição, o Atlético-MG recebeu um aporte significativo de mais de R$ 500 milhões. Muzzi explicou que parte desse montante foi utilizada para converter parte da dívida do clube com Rubens Menin, Rafael Menin e Ricardo Guimarães em ações.

"A gente recebeu um aporte de R$ 822 milhões, sendo R$ 316 (milhões) na conversão e R$ 506 milhões imediatos. A gente está usando prioritariamente para colocar a casa em dia e pagamento de dívida. A nossa SAF é diferente das SAF´s até o momento, tem diversas coisas diferentes. Dentre elas, é controlada por atleticanos. O Atlético passará os próximos três, quatro anos com um orçamento bem definido"

- Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG

Quanto à dúvida dos torcedores sobre a destinação desses recursos para contratações, Muzzi esclareceu que o clube seguirá diretrizes financeiras, mas assegurou que o departamento de futebol não ficará sem recursos. Cerca de R$ 210 milhões serão destinados à folha salarial, enquanto outros R$ 40 milhões serão investidos.

"Precisamos ter folha do futebol controlada, com limites. Investimentos também. Não é uma SAF que o dinheiro chega para ser usado totalmente em contratações. Não é isso que irá acontecer entre 2024 e 2026. Mas o Atlético seguirá competitivo."

- Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG

Durante a coletiva, Sérgio Coelho manifestou a intenção de se candidatar à reeleição como presidente da associação, assumindo inicialmente o comando do futebol dentro da estrutura da SAF. Entretanto, recusou o convite para um cargo remunerado na nova administração, considerando uma questão ética após ter votado pela aprovação do modelo de clube-empresa.