Borja tem tudo para acrescentar no Grêmio, mas o que preocupa é a forma como a direção chegou ao seu nome
Por Fabio Utz
Miguel Borja é um centroavante que acrescentaria no plantel do Grêmio? Provavelmente sim. Tem histórico de gols, vem de um bom período no Junior Barranquilla e é melhor, por exemplo, que Diego Churín. Não se duvida que, em caso de contratação, tome naturalmente a posição do "pesado" Diego Souza. Mas a pergunta que me faço é a seguinte: este é o máximo que a direção tricolor consegue, ou seja, o terceiro centroavante do Palmeiras?
Os dirigentes gremistas parecem se contentar com pouco. Algo do tipo "ah, se não deu com Deyverson e Luiz Adriano, vamos com Borja mesmo que está tudo bem". Eles parecem achar que a torcida se contenta com qualquer coisa, desde que alguém seja contratado. E não é assim. Os gremistas estão cansados de ver o clube jogar dinheiro pelo ralo - que foi o que aconteceu nos últimos anos - com atletas que em nada acrescentam - aliás, o atual plantel está cheio deles.
E tem outro ponto. Logo ali na frente, no modelo de negócio proposto inicialmente, o Grêmio corre o risco de ficar sem este jogador, uma vez que o Verdão teria a prioridade em vendê-lo para o exterior em caso de uma proposta. Sim, fala-se na possibilidade de o Tricolor pagar R$ 6 milhões por um empréstimo de um ano e meio sem ter a certeza de que poderá se utilizar do profissional ao longo de todo este período. Os cartolas azuis flertam com o perigo e acham que ninguém nota. Seria incompetência a palavra certa? Se há convicção, que se compre o atleta. Borja não tem nada a ver com isso e certamente seria bem recebido, mas é bom abrir o olho com este tipo de contrato.
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