Brasil deve reviver anos 1990, com regulamento da CBF permitindo verdadeira maratona de jogos

Wagner Meier/Getty Images
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O Regulamento Geral de Competições da CBF prevê que os times, dentro do Brasil, devam atuar com um intervalo mínimo de 66 horas entre as partidas. Só que, como destaca a coluna do Marcel Rizzo, já existe um consenso de que isso deverá ser mudado para que se possa cumprir o calendário na íntegra após a pandemia de coronavírus. Sendo assim, a tendência é de que os clubes possam entrar em campo a cada 48 horas, ou seja, até três vezes por semana.

O segundo semestre será absolutamente atípico no país. É preciso colocar ponto final nos Estaduais, o que deverá acontecer a partir da metade de julho, e encontrar uma fórmula para encaixar jogos de Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores da América em um período absolutamente curto. O Brasileirão necessita de 38 datas, enquanto a Copa do Brasil está recém em meio à terceira fase. Já a Libertadores da América parou na segunda rodada da etapa de grupos, e uma equipe, para se sagrar campeã, disputará mais onze partidas.

Mesmo que as competições invadam os primeiros meses de 2021 - os duelos de Libertadores e Sul-Americana, por exemplo, só poderão ser realizados quando houver a abertura de fronteiras -, os clubes não escaparão de um acúmulo de compromissos, podendo reviver o que acontecia na década de 1990, quando era comum se jogar terça, quinta e domingo. Os atletas não entram em campo desde a metade de março, ou seja, quase três meses. Pensando no desgaste físico é que a International Board, entidade que regula as normas do futebol, já alterou, de forma provisória, o número de substituições. Agora, cada time poderá trocar cinco nomes durante os 90 minutos. Tudo para encarar uma verdadeira maratona.

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