Brasil campeão! Seleção sofre, mas Debinha resolve e garante título da Copa América Feminina com recordes
Deu a lógica! A Seleção Brasileira conquistou o oitavo troféu das nove edições da Copa América Feminina neste sábado (30) ao vencer a Colômbia por 1 a 0, no sufoco, no Estádio Alfonso López, em Bucaramanga, norte do país. Mesmo jogando com a torcida contra e com uma atuação abaixo do esperado, Debinha chamou a responsabilidade e converteu pênalti decisivo. A artilheira na Era Pia Sundhage deixou duas adversárias para trás, foi derrubada dentro da área e deslocou a goleira Pérez para fazer o gol do título.
Dona da melhor campanha na competição, com 20 gols marcados, a equipe canarinho conseguiu algo inédito até então: passou os seis jogos sem ser vazada. Há outra marca importante nesta conquista - a sueca Pia Sundhage tornou-se a primeira mulher a vencer o torneio. E tudo isso aconteceu sem a principal estrela da Seleção, a Rainha Marta, que recupera-se após lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo.
"A gente conseguiu o que precisava que era a vitória. Estou feliz pela equipe. Temos sempre a melhorar, vamos trabalhar isso até o Mundial, mas está todo mundo de parabéns. A gente que é mais experiente tenta tranquilizar as mais jovens. Marta, esse título é nosso, mas também é seu, vamos em busca do Mundial e das Olimpíadas que você estará com a gente."
- Debinha, atacante da Seleção Brasileira
Com 22 mil ingressos vendidos, a final da Copa América Feminina teve casa cheia. Pela primeira vez nos três jogos disputados na cidade, a arquibancada tricolor figurava absolutamente amarela. A torcida jogou junto desde o minuto inicial. A cada toque de Linda Caicedo, promessa do futebol local, a euforia tomou conta do povo. Um apoio incondicional a cada subida para o ataque e mesmo após o gol sofrido os gritos de "sí, se puede" ecoaram pelo estádio.
"Estou muito feliz e orgulhosa. A Colômbia jogou diante de sua torcida, mas conseguimos vencer e isso é fruto de um trabalho que vem sendo coroado. Temos que trabalhar para manter a história viva. Sentimento de gratidão e emoção."
- Antonia, lateral da Seleção Brasileira
Nem tudo foi festa para a Seleção Brasileira. Angelina deixou o campo ainda no primeiro tempo, após chocar o joelho direito em dividida com Bedoya, saiu de maca e chorou bastante no banco de reservas. A escolhida para entrar em campo foi Duda Francelino, que pouco produziu.
A Colômbia levou mais perigo, finalizando mais do que as brasileiras desde a primeira etapa, porém a goleira Lorena e a falta de pontaria das mandantes foram fundamentais para definir o placar.