Brasil só empata, ouve gritos de 'olé' e tem Uruguai pela frente na Copa América
- Equipe de Dorival Júnior fica no 1 a 1 com a Colômbia, e avança às quartas de final como segundo do Grupo D
- Seleção pouco produziu ao longo dos 90 minutos nesta terça-feira
Por Fabio Utz
A Seleção Brasileira confirmou, na noite desta terça-feira (2), a classificação para as quartas de final da Copa América 2024. Mas não exatamente da forma como todos desejavam.
O empate em 1 a 1 diante da Colômbia, no Levi's Stadium, em Santa Clara (Califórina, Estados Unidos), deixou o país na segunda colocação do Grupo D com cinco pontos. Como consequência, vai ter o Uruguai pela frente na próxima fase. Já os colombianos ficaram em primeiro, com sete, e vão cruzar com o Panamá.
O jogo
O embate, em si, deixou algumas preocupações. É bem verdade que o Brasil começou em cima do rival, impedindo que este trocasse passes até mesmo em seu campo de defesa. No entanto, o primeiro momento de real perigo foi dos colombianos. Aos 7 minutos, em cobrança de falta, James Rodríguez acertou o travessão de Alisson. Pois a resposta verde-amarela veio na mesma medida. E mais precisa. Aos 11, Raphinha protagonizou uma batida perfeita, e a bola morreu no ângulo esquerdo de Vargas, que não alcançou.
O lance, querendo ou não, quebrou um longo jejum. Desde 19 de novembro de 2019, com Philippe Coutinho, contra a Coreia do Sul (vitória por 3 a 0, em amistoso) que a Seleção Brasileira não marcava um gol de falta. Aliás, a esta altura do duelo, esta vantagem fazia a equipe de Dorival Júnior assumir a ponta da chave e entrar no caminho do Panamá - convenhamos, um adversário bem menos tradicional que a Celeste.
Só que o cenário se alterou já nos acréscimos da etapa inicial. Em um lance que se iniciou com um erro de Alisson - entregou a bola para Luis Díaz, que quase marcou -, teve na sequência mais um ataque da Colômbia. Desta vez, Daniel Muñoz, livre de marcação após passe de Córdoba, estufou a rede e deixou tudo igual. O autor do tento, minutos antes, havia se envolvido na ação mais polêmica da partida. Ele derrubou Vinicius Junior dentro da área, mas nem o árbitro de campo nem o Var consideraram falta.
No segundo tempo, com Andreas Pereira no lugar de Lucas Paquetá, o Brasil caiu ainda mais de rendimento e não mais se encontrou. Sem conseguir concatenar as ações no meio-campo, foi concluir pela primeira vez somente aos 14 minutos, novamente em uma falta de Raphinha, que passou rente à trave. Mas foi só. De resto, a dificuldade em ter o domínio das ações predominou, e o jogo verde-amarelo se limitou a estocadas longas, sem qualquer tipo de efeito.
De outra parte, a Colômbia se aproveitou disso para, por diversas vezes, tocar a bola, envolver o rival e tirar gritos de 'olé' por parte da torcida. Afinal, o empate servia. E, como o placar não mudou (isso em função de chance clara perdida por Rafael Borré), quem sorriu mais, realmente, foram aqueles que, agora, acumulam 26 partidas de invencibilidade e que avançam ao mata-mata como líderes. Aos brasileiros, que viram Endrick ir a campo faltando apenas cinco minutos, restou se contentar em ser vice.