Brasil x Colômbia: o que mudou na Seleção desde o confronto pelas Eliminatórias da Copa do Mundo?
- Brasil e Colômbia se enfrentaram em novembro de 2023, pelas Eliminatórias
- Frágil defensivamente, Canarinho foi "atropelada" por um inspirado Luis Díaz
Por Nathália Almeida
Na próxima terça-feira, 2 de julho, a Seleção Brasileira terá o seu maior desafio de sua jornada até o momento na Copa América 2024: encara a fortíssima Colômbia, que vive o melhor momento de sua história recente. Contando com uma geração altamente talentosa liderada por Luis Díaz, Jhon Árias e por um inspirado James Rodríguez – que parece outro jogador quando veste a camisa da seleção –, os Cafeteros lideram o Grupo D do torneio e precisam apenas de um empate diante da Canarinho para assegurar a primeira colocação da chave, essencial para garantir um chaveamento mais tranquilo nas quartas de final.
A partida desta terça marca o reencontro entre duas seleções que se enfrentaram há pouco mais de sete meses, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Em novembro de 2023, em confronto disputado em Barranquilla, a Colômbia "engoliu" a Canarinho – vitória por 2 a 1, resultado apertado que não reflete o domínio dos Cafeteros na ocasião.
Desde então, muita coisa mudou na Seleção Brasileira, que viveu, em 2023, o pior ano de sua história em performances e resultados. A seguir, o 90min enumera as principais diferenças do Brasil entre esses dois jogos contra a ascendente Colômbia.
1. Comissão técnica
Em novembro de 2023, a Seleção Brasileira era comandada por Fernando Diniz, que havia sido anunciado como novo treinador da Canarinho no dia 4 de julho daquele ano. Trabalhando paralelamente para CBF e Fluminense, o treinador foi recebido com muitos questionamentos pela opinião pública, visto que sua filosofia de jogo é reconhecidamente complexa e demanda trabalho de rotina e treinamentos diários de alta intensidade, o que não existe no futebol de seleções.
Menos de seis meses após seu anúncio, acabou demitido pelo acúmulo de resultados ruins, deixando o Brasil fora até mesmo do grupo dos cinco primeiros colocados nas Eliminatórias. Poucos dias depois da saída de Diniz, em janeiro de 2024, Dorival Júnior foi anunciado por Ednaldo Rodrigues para assumir a Seleção.
2. Esquema tático
Contra a Colômbia, em Barranquilla, a Seleção Brasileira de Fernando Diniz entrou em campo com uma formação pouco convencional: desenhada no 4-2-4, com Vinicius Júnior e Rodrygo no comando do ataque, apoiados por dois atacantes abertos nas pontas, Martinelli e Raphinha. Apesar de criar um bom volume de chances no ataque durante os primeiros 20 minutos de partida, a Canarinho sofreu demais defensivamente, não conseguindo neutralizar um "infernal" Luis Díaz.
Hoje, o Brasil costuma se apresentar em um tradicional 4-3-3, com um ataque leve e móvel formado por Vini, Rodrygo e Raphinha, sem um 9 fixo de origem. Dorival, de estilo mais pragmático se comparado a Diniz, tem feito um trabalho intensivo na tentativa de diminuir a exposição defensiva da equipe verde e amarela.
3. Escalação titular bastante diferente
A escalação titular do Brasil também mudou muito em relação àquele compromisso contra a Colômbia pelas Eliminatórias. Em Barranquilla, Diniz promoveu a campo o seguinte onze: Alisson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Renan Lodi; André, Bruno Guimarães, Martinelli, Raphinha; Rodrygo e Vinicius Júnior.
Hoje, o onze considerado titular da Seleção de Dorival traz: Alisson; Danilo, Marquinhos, Eder Militão, Wendell; João Gomes, Bruno Guimarães, Lucas Paquetá; Raphinha, Rodrygo e Vinicius Júnior.
São cinco mudanças envolvendo praticamente todos os setores do campo.