Brasileirão já teve dez trocas de técnicos em 10 rodadas; confira a lista
Por Bia Palumbo
O primeiro turno do Brasileirão está em andamento e os efeitos da 10ª rodada interferiram diretamente no universo de Ceará e Flamengo. O técnico português Paulo Sousa foi demitido pelo rubro-negro carioca após derrota para o Red Bull Bragantino e a solução encontrada pela diretoria foi tirar Dorival Jr do Alvinegro de Porangabuçu.
Consequentemente, 12 dos 20 clubes mantém o mesmo comando desde o início do campeonato, sendo que apenas seis estão desde o início do ano. São eles: Antonio Mohamed (Atlético-MG), Gustavo Morínigo (Coritiba), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza), Abel Ferreira (Palmeiras), Mauricio Barbieri (Red Bull Bragantino) e Rogério Ceni (São Paulo).
Dos outros seis, Avaí, Botafogo, Corinthians, Goiás, Juventude e Santos entraram em 2022 com Claudinei Oliveira, Enderson Moreira, Sylvinho, Jair Ventura, Glauber Ramos e Fábio Carille, no entanto eles saíram após tropeços nos estaduais. Dessa lista, apenas um segue na elite. O filho de Jairzinho foi contratado pelo Esmeraldino em abril.
Derrotados logo na estreia para São Paulo e Avaí, respectivamente, Athletico-PR e América-MG comunicaram as saídas de Alberto Valentim e Marquinhos Santos. O rubro-negro contratou Fábio Carille, que ficou 21 dias no cargo, substituído por Felipão. Já o Coelho escolheu Vagner Mancini, que começou o ano no Grêmio.
Campeão sim, mas e daí?
O imediatismo do futebol brasileiro pode ser aplicado para mostrar que nem mesmo um título (estadual, no caso) é suficiente para que o treinador ganhe "tempo para trabalhar", discurso repetido algumas vezes quando o assunto vem à tona.
Pintado deixou o Cuiabá após a eliminação na Copa do Brasil para o Atlético-GO, que na mesma semana perdeu para o Galo, atual campeão, em Belo Horizonte, e demitiu Umberto Louzer. Ambos os treinadores levantaram as taças dos campeonatos Mato-Grossense e Goiano em 2022, respectivamente.
Empates em casa pela Copa Sul-Americana também foram decisivos para Abel Braga e Alexander Medina. O primeiro entregou o cargo horas após ser vaiado no Maracanã depois do 0 a 0 entre Fluminense e Unión Santa Fe (Argentina), resultado que praticamente eliminou o time da Copa Sul-Americana. Detalhe: o tricolor também foi campeão carioca após 10 anos de jejum.
Já o uruguaio Medina também ouviu críticas de torcedores no Beira-Rio quando o placar mostrou 1 a 1 diante do Guaireña (Paraguai). Ambos atenderam a imprensa na coletiva após o jogo e se despediram no dia seguinte. O Internacional se recuperou com Mano Menezes e avançou ao mata-mata, já o Flu caiu na fase de grupos mesmo com goleada por 10 a 1.
Faltam 28 rodadas para o término do Campeonato Brasileiro e a tendência é que aconteçam mais mudanças na área técnica ainda neste mês de junho, quando começam as oitavas de final de Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Libertadores.