Brasileirão já teve dez trocas de técnicos em 10 rodadas; confira a lista

Sequência de duas derrotas consecutivas encerrou o ciclo de Paulo Sousa no Flamengo
Sequência de duas derrotas consecutivas encerrou o ciclo de Paulo Sousa no Flamengo / Wagner Meier/GettyImages
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O primeiro turno do Brasileirão está em andamento e os efeitos da 10ª rodada interferiram diretamente no universo de Ceará e Flamengo. O técnico português Paulo Sousa foi demitido pelo rubro-negro carioca após derrota para o Red Bull Bragantino e a solução encontrada pela diretoria foi tirar Dorival Jr do Alvinegro de Porangabuçu.

Everton Ribeiro, Dorival Jr
Demitido no início da gestão de Rodolfo Landim, em 2018, Dorival Jr está de volta ao Flamengo: "Ouvi o coração", disse ele / Pedro Vilela/GettyImages

Consequentemente, 12 dos 20 clubes mantém o mesmo comando desde o início do campeonato, sendo que apenas seis estão desde o início do ano. São eles: Antonio Mohamed (Atlético-MG), Gustavo Morínigo (Coritiba), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza), Abel Ferreira (Palmeiras), Mauricio Barbieri (Red Bull Bragantino) e Rogério Ceni (São Paulo).

Dos outros seis, Avaí, Botafogo, Corinthians, Goiás, Juventude e Santos entraram em 2022 com Claudinei Oliveira, Enderson Moreira, Sylvinho, Jair Ventura, Glauber Ramos e Fábio Carille, no entanto eles saíram após tropeços nos estaduais. Dessa lista, apenas um segue na elite. O filho de Jairzinho foi contratado pelo Esmeraldino em abril.

Jair Ventura
Fora do Juventude, Jair Ventura acertou com outro clube da Série A, o Goiás / Wagner Meier/GettyImages

Derrotados logo na estreia para São Paulo e Avaí, respectivamente, Athletico-PR e América-MG comunicaram as saídas de Alberto Valentim e Marquinhos Santos. O rubro-negro contratou Fábio Carille, que ficou 21 dias no cargo, substituído por Felipão. Já o Coelho escolheu Vagner Mancini, que começou o ano no Grêmio.

Alberto Valentim
Alberto Valentim é o atual campeão da Sul-Americana, no entanto aproveitamento baixo (38%, sendo 8 vitórias em 28 jogos) pesou; ele está sem clube / Ernesto Ryan/GettyImages

Campeão sim, mas e daí?

O imediatismo do futebol brasileiro pode ser aplicado para mostrar que nem mesmo um título (estadual, no caso) é suficiente para que o treinador ganhe "tempo para trabalhar", discurso repetido algumas vezes quando o assunto vem à tona.

Pintado deixou o Cuiabá após a eliminação na Copa do Brasil para o Atlético-GO, que na mesma semana perdeu para o Galo, atual campeão, em Belo Horizonte, e demitiu Umberto Louzer. Ambos os treinadores levantaram as taças dos campeonatos Mato-Grossense e Goiano em 2022, respectivamente.

Empates em casa pela Copa Sul-Americana também foram decisivos para Abel Braga e Alexander Medina. O primeiro entregou o cargo horas após ser vaiado no Maracanã depois do 0 a 0 entre Fluminense e Unión Santa Fe (Argentina), resultado que praticamente eliminou o time da Copa Sul-Americana. Detalhe: o tricolor também foi campeão carioca após 10 anos de jejum.

Já o uruguaio Medina também ouviu críticas de torcedores no Beira-Rio quando o placar mostrou 1 a 1 diante do Guaireña (Paraguai). Ambos atenderam a imprensa na coletiva após o jogo e se despediram no dia seguinte. O Internacional se recuperou com Mano Menezes e avançou ao mata-mata, já o Flu caiu na fase de grupos mesmo com goleada por 10 a 1.

Mano Menezes
Mano Menezes é o quarto técnico do Inter desde fevereiro de 2021, quando Abel Braga foi demitido / Alexandre Loureiro/GettyImages

Faltam 28 rodadas para o término do Campeonato Brasileiro e a tendência é que aconteçam mais mudanças na área técnica ainda neste mês de junho, quando começam as oitavas de final de Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Libertadores.