Cabo de guerra interno motivou pedido de demissão de médico do Corinthians; entenda
Por Nathália Almeida
Dia de turbulência nos bastidores de um dos clubes mais populares do país. Neste domingo (14), o Corinthians esteve 'no olho do furacão' por conta do repentino pedido de demissão por parte do médico do clube, Dr. Ivan Grava, visto como uma das referências em medicina esportiva em ação no futebol brasileiro.
De acordo com a apuração da Gazeta Esportiva, a decisão do médico em deixar o cargo se deu por conta de intensas discordâncias internas que se arrastam há meses, mas que pioraram de forma irreversível nas últimas semanas, após o segundo grande surto de Covid-19 no clube.
A fonte citada noticia que Ivan Grava estava incomodado em ver clube e parte do elenco principal lidando de forma pouco compromissada com o combate à pandemia, desrespeitando protocolos e orientações de prevenção. Esse 'cabo de guerra interno' teve seu ponto de distensão final na última semana, quando o médico decidiu manter alguns jogadores afastados por mais tempo do que os dez dias, prazo mínimo de afastamento recomendado pelas autoridades de saúde.
A recomendação do médico não foi bem recebida pela diretoria alvinegra que, desejosa de ter os atletas de volta às atividades o quanto antes, ordenou que o "protocolo dos dez dias" fosse seguido à risca. Sem respaldo e totalmente isolado nos bastidores do clube, Ivan Grava acabou optando pelo pedido de demissão, sendo imediatamente substituído por Michel Youseff Muniz Domingo, médico que vinha atuando junto às categorias de base.