Campeão com o Palmeiras e capitão do NY City, Thiago Martins antecipa encontro com Messi e Suárez na MLS
- Zagueiro está nos Estados Unidos há dois anos e terá o papel de marcar dupla do Inter Miami nesta temporada
- Thiago exaltou "poder físico" da liga norte-americana
Mais uma temporada da Major League Soccer começa nesta quarta-feira (21), com a partida entre Inter Miami e Real Salt Lake. A Liga norte-americana de futebol vem recebendo cada vez mais holofotes após a chegada de Lionel Messi, melhor jogador do mundo, entre outras estrelas do futebol mundial. Considerada hoje como uma "liga de escolha", a MLS é, atualmente, casa de 30 atletas brasileiros – alguns muito conhecidos no futebol nacional.
Bicampeão com o Palmeiras, Thiago Martins está em seu segundo ano no New York City FC, um time do grupo City. Na temporada 2024, além de buscar seu primeiro título nos Estados Unidos, o capitão tem uma missão especial pela frente: marcar Messi, Suárez, Busquets, Jordi Alba e companhia, no estrelado Inter Miami.
"Marcar Messi e Suárez é uma oportunidade que a gente tem, de jogar contra jogadores renomados, com Bola de Ouro, tudo o que já ganharam na vida. A gente sabe, tem que estar esperto e preparado a todo momento, porque não dá para esperar nada, mas ao mesmo tempo a gente espera tudo", disse Thiago Martins.
"Na minha função, estar bem de perto é muito bom. Já tive oportunidade de marcar outros jogadores assim, como Iniesta, David Villa, Podolski… Mas Messi e Suárez são jogadores que dispensam comentários. Com eles, é estar bem preparado e não dar espaço. Porque se a gente der espaço, eles encontram oportunidades. "
- Thiago Martins, zagueiro do NY City
Thiago já jogou em três ligas ao redor do planeta: no Brasil, Japão e EUA. O zagueiro enxerga pontos distintos em cada uma delas, mas exaltou o poder físico e a cada vez maior qualidade da MLS.
"É uma liga que está crescendo muito, ainda mais com a chegada do Messi, do Suárez e de outros jogadores com muita qualidade, e isso só tende a aumentar o nível e a qualidade dos times aqui. Vejo uma liga com um poder físico tremendo. Tudo o que no Japão tem de poder tático, da qualidade dos jogadores e de velocidade, aqui é um mix. Você tem que ser forte, você tem que ser rápido e você tem que ser muito bom com a bola no pé, ou defendendo, como é o meu papel", analisou Thiago.
Em franco desenvolvimento -- estrutural, financeiro, de talentos e de alcance --, a MLS hoje é formada por 30 clubes, sendo que 13 surgiram nos últimos 10 anos e 18 estão entre os 50 mais valiosos do mundo. Com investimento em estrutura e formação de atletas, tem média de público de 22 mil pessoas por jogo, um aumento de 79% desde 2012.
"Tem muita coisa pra crescer, vejo que ainda vem muito pela frente. Sobre qualidade, não gosto de comparar, porque são dois programas diferentes, mas ao mesmo tempo consigo ver qualidade nos dois lados. Temos que estar bem preparados, não só mentalmente, mas com qualidade para aguentar a temporada. Não na quantidade de jogos, mas na força física que a Liga exige ao longo da competição", finalizou.
O New York City FC estreia na competição no próximo sábado, às 21h30, contra o Charlotte. Você pode acompanhar a MLS de qualquer lugar do mundo, via Apple+.
O time mais jovem da MLS
Aos 28 anos, Thiago Martins carrega a braçadeira do time com a menor média de idade da MLS: 22.3 anos. Foi com essa idade, inclusive, que conquistou o título da Série A com o Palmeiras. O zagueiro falou sobre a missão de comandar os atletas mais jovens da Liga.
"É muito bom, pois os jogadores jovens tendem a te escutar muito mais. Mas, ao mesmo tempo, trabalhar com jovens não é fácil. É um grupo muito bom, muito novo, mas ao mesmo tempo são jogadores que têm a mentalidade de querer melhorar, de querer vencer. Não é aquilo de "ah, sou novo então vou aproveitar a vida". Vejo que temos jogadores muito focados. Ao mesmo tempo, isso me ajuda, pois como tenho um pouco mais de experiência, a gente conversa e eles me escutam bastante. Consequentemente, temos nos tornado um grupo muito fechado, com o mesmo raciocínio para buscar coisas maiores na competição", disse.
" É uma responsabilidade muito grande, mas fico muito feliz por ser capitão. Com ou sem a braçadeira, vou fazer meu papel de comunicar, de instruir pela experiência, e eles escutam bastante. Isso é muito legal."
- Thiago Martins, capitão do NY City