Caso Daniel Alves: jornal espanhol revela pedidos da vítima e prevê data de julgamento
- Brasileiro de 40 anos segue preso preventivamente em Barcelona até aguardar setença
- Defesa solicitou habeas corpus e todas as tentativas foram negadas
Por Raisa Lima
Daniel Alves está preso preventivamente em Barcelona (Espanha) desde 20 de janeiro, acusado de agressão sexual. De acordo com o jornal espanhol AS, a defesa da jovem que o acusa estabeleceu os requisitos para o julgamento.
A carta enviada pela advogada Ester García ao Tribunal de Barcelona com pedidos de garantias necessárias para assegurar a integridade do processo. A jurista pediu 12 anos de prisão para Daniel Alves. Além disso, a advogada definiu uma indenização de 150 mil euros pelos danos físicos e psicológicos causados pela suposta agressão.
O caso deve ser julgado e a sentença deve sair em fevereiro. O brasileiro segue no presídio Can Brians 2, até o julgamento, apesar das tentativas da defesa do jogador para libertá-lo.
O pedido de prisão supera em três anos a solicitação do Ministério Público. A situação se complica para o jogador com a aplicação da lei do “Só sim é sim”, que permite à vítima revogar decisões anteriores, como no caso da recusa inicial à indenização financeira, se as consequências do crime forem mais graves do que inicialmente previsto.
A defesa da vítima também pediu medidas cautelares abrangentes. Isso inclui uma ordem de afastamento de 1000 metros e uma proibição de contato entre Daniel Alves e a jovem por um período adicional de 10 anos após a pena solicitada, totalizando 22 anos.
A advogada também requer medidas para proteger a vítima durante o julgamento, incluindo acompanhamento profissional e a ausência de público para evitar constrangimentos.