Cássio vai à polícia após ameaças de morte e clama por justiça: 'Não posso aceitar isso'
Por Fabio Utz
Alvo de ameaças de morte, o goleiro Cássio, do Corinthians, não ficou quieto. Após ir à polícia registrar a ocorrência, o atleta se utilizou das redes sociais para se manifestar.
As mensagens, em formato de áudio, foram direcionadas à sua esposa depois que o time levou 2 a 0 do Always Ready, da Bolívia na estreia da Libertadores. Todas elas já estão nas mãos das autoridades competentes. Segundo o atleta, atos como este são inconcebíveis, e o objetivo é ir atrás de justiça.
"Não posso aceitar esse tipo de ameaça de forma alguma. Espero que a justiça seja feita. Sempre fui um jogador que lidou bem com críticas, discordei e me defendi quando necessário, além de admitir falhas quando entendi que elas aconteceram. Mas desafio alguém a provar que eu tenha ficado mais de dez anos no Corinthians sendo “vagabundo” ou “paneleiro”, os termos que foram usados hoje e que aparecem em algumas manifestações vez ou outra."
- Cássio, goleiro do Corinthians
Em uma das mensagens, o criminoso disse o seguinte: "É questão de tempo. Não sei o que a gente vai fazer, matar eu não sei, mas vamos achar e esculachar. E pode dizer que estamos fechados com o português (o técnico Vítor Pereira), entendeu? Não com vagabundo paneleiro. O recado vale para todos". O Corinthians, através de manifestação oficial, ponderou que "a cobrança pacífica à equipe por resultados faz parte da cultura do futebol, porém, quando a vida de qualquer um é colocada em risco, o protesto se torna crime e não pode passar impune". O zagueiro Gil, também citado, apagou todas as fotos de suas redes sociais que envolvam sua relação com o clube. No domingo (16h), a equipe paulista visita o Botafogo na arrancada do Brasileirão.
NOTA DO GOLEIRO CÁSSIO NA ÍNTEGRA
"Resolvi me manifestar depois dos fatos que aconteceram com a minha família nesta quinta-feira (07/04).
Encaminhei à polícia os áudios recebidos por minha esposa, para que, quem tenha competência necessária, possa cuidar do caso. Não posso aceitar esse tipo de ameaça de forma alguma. Espero que a justiça seja feita.
Sempre fui um jogador que lidou bem com críticas, discordei e me defendi quando necessário, além de admitir falhas quando entendi que elas aconteceram.
Mas desafio alguém a provar que eu tenha ficado mais de dez anos no Corinthians sendo “vagabundo” ou “paneleiro”, os termos que foram usados hoje e que aparecem em algumas manifestações vez ou outra.
Sempre fui um jogador que me dediquei ao máximo e procurei ajudar dentro e fora dos campos os treinadores, atletas e dirigentes que passaram por aqui. Muitas vezes, entrei em campo sem as minhas melhores condições para ajudar o Corinthians. E fiz isso sem esperar nada em troca. Fiz porque sou assim. Sou muito grato ao Corinthians e procuro retribuir essa gratidão deixando tudo o que posso a cada dia.
Tenho total consciência que devo provar sempre porque cheguei a quase 600 jogos e conquistei nove títulos por esse clube. Nunca sentei em cima das glórias, até porque não ganhei nada sozinho e quero seguir ganhando enquanto eu tiver contrato vigente.
Por tudo isso, não aceito o que aconteceu e não quis ficar calado diante de tanta injustiça."
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