CBF chegou a temer pelo futuro do Brasileirão e condena postura do Flamengo após decisão conjunta de clubes
Por Fabio Utz
A partida entre Palmeiras e Flamengo, se não fosse realizada no último domingo, poderia ser o estopim para que o Campeonato Brasileiro tivesse uma paralisação. Este cenário, dentro da CBF, está bem claro. E, na visão da entidade, a guerra de liminares que se deu no final de semana teve relação direta com a postura do clube carioca.
Segundo Walter Feldman, secretário-geral da CBF, o Fla acabou por não acatar o que havia sido decidido entre os clubes, que se colocaram de acordo com a ideia de entrar em campo tendo um mínimo de 13 jogadores capazes de assinar a súmula. "O que deu errado foi a rejeição do Flamengo em relação ao cumprimento do protocolo estabelecido e uniforme para todos os clubes, de que 13 jogadores é número suficiente", disse o dirigente, em entrevista ao Estadão. Ele admitiu que temeu pelo futuro do torneio, uma vez que o duelo entre cariocas e paulistas foi confirmado apenas minutos antes do horário marcado para a bola rolar. "Aí abalaria a uniformidade, a imparcialidade e a igualdade de tratamento. Evidentemente que, se você trata de forma diferenciada, você não tem equilíbrio no estabelecimento de regras. A não realização do jogo no domingo poderia causar um abalo dramático do sistema, e os clubes teriam suas razões pra reagir."
A partir de agora, a decisão vinda da Justiça dá segurança à CBF de que discussões semelhantes não irão mais ocorrer, mesmo com a entrada de sindicatos profissionais na discussão. "Hoje está muito estabelecido que as decisões esportivas devem permanecer no campo das instâncias desportivas", concluiu. Mesmo com surtos de coronavírus em equipes como Goiás, Flamengo e Fluminense, a entidade que comanda o futebol nacional se mantém convicta de que seus protocolos são adequados e garantem tranquilidade a quem for entrar em campo.
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