Cerro Porteño cobra 'ressarcimento' e punições severas após erro do VAR; Conmebol afasta árbitros

Mauro Boselli anotou na partida, mas gol foi erroneamente anulado quando o placar ainda estava em 0 a 0
Mauro Boselli anotou na partida, mas gol foi erroneamente anulado quando o placar ainda estava em 0 a 0 / Pool/Getty Images
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Libertadores sem polêmica? Hoje não! Nesta terça-feira (13), o Fluminense derrotou o Cerro Porteño, por 2 a 0, pelo jogo de ida das oitavas de final do torneio continental. Na partida, Mauro Boselli balançou as redes, mas o gol foi erroneamente anulado. Agora, após a Conmebol ter reconhecido o equívoco, Ariel Martínez, diretor do clube paraguaio, anunciou que irá enviar um ofício para a entidade exigindo um "ressarcimento".

Em entrevista à rádio ABC Cardinal 730 AM, o dirigente cobrou uma decisão da confederação sul-americana: "Merece uma decisão extraordinária porque é uma situação extraordinária. A punição (aos árbitros) não é suficiente. Está bem que os punam, que os afastem. Mas e nós? Tem que nos ressarcir de alguma maneira. Vamos apresentar uma nota, a equipe jurídica está trabalhando. Mas a Conmebol não precisa de uma nota para tomar medidas".

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Punição aos árbitros não é suficiente para o diretor do Cerro Porteño / Pool/Getty Images

Nesta quarta-feira (14), a Conmebol anunciou uma mudança no VAR para a partida do Olimpia, clube paraguaio que enfrenta o Internacional na quinta-feira (15). O bandeira Julio Fernandez, o árbitro Facundo Tello e o árbitro de vídeo Cesar Daishler, responsável pelo erro mencionado acima, foram afastados da partida. Martínez comentou a decisão, mas pediu punições mais severas:

"Feliz pelo nosso tradicional rival, que não vai padecer, mas isso não nos ajuda ainda que os suspendam. Deve haver uma decisão extraordinária da Conmebol. Tampouco queremos uma solução política. Aqui não está em jogo só os interesses do clube Cerro Porteño, aqui está em jogo a credibilidade do futebol"

Ariel Martínez sobre erro de arbitragem

Relembre o acontecimento

No polêmico lance, os operadores do VAR, liderados pelo chileno Cesar Deishler, consideraram apenas o posicionamento de Luccas Claro em relação a Boselli. Acontece que, no canto inferior, Samuel Xavier dava condições ao centroavante adversário, ou seja, o gol não deveria ter sido anulado. Veja o lance:

Na introdução de um vídeo divulgado no canal oficial da Conmebol, o narrador admite o equívoco na marcação. "O assistente, em um cruzamento, levanta sua bandeira, assinalando impedimento de forma equivocada. O VAR checou a jogada com um ângulo muito fechado, deixando de levar em conta um defensor que está na parte inferior da tela para a colocação de linhas virtuais. Esse defensor habilitaria todos os atacantes, caracterizando um erro na decisão final".

Veja o material na íntegra: