Champions Feminina teve Lyon eliminando o Bayern, e isso não foi surpresa alguma
Por Nathália Almeida
Como todos sabem, a principal competição do calendário de clubes na Europa é a Champions League. Isso não é diferente para o futebol feminino, modalidade que conta com bastante apoio e investimento nos grandes mercados do Velho Continente. Em 2019/20, estamos testemunhando uma das edições de Champions Feminina de melhor nível técnico, com dezenas de grandes craques em ação, como foi na partida do último sábado (22) entre Lyon e Bayern de Munique.
Quis o destino que francesas e alemãs se encontrassem poucos dias depois do duelo de semifinal entre os mesmos clubes pela Champions Masculina. O enredo e o desfecho destes dois jogos foram bem distintos, mas isso não foi nenhuma surpresa: o Lyon é a maior das potências europeias no futebol feminino, ao passo que o Bayern dá os seus primeiros passos para se posicionar entre as principais forças da modalidade em nível continental.
Com um projeto autônomo para o futebol feminino desde 2004, o Lyon vem dominando o cenário nacional há mais ou menos 15 anos, conquistando 14 edições consecutivas da Ligue 1 (desde 2006/07) e nove edições de Copa da França. De 2012 até agora, as lionesas só não ergueram a principal copa do país na temporada 2017/2018, quando o Paris Saint-Germain ficou com o título.
Esse domínio em solo francês logo migrou para um recorte maior, continental. Antes chamada de 'UEFA Women's Cup', a Champions League Feminina, rebatizada em 2009, já tem o Lyon como grande campeão. São seis títulos europeus para o clube francês, com os quatro últimos sendo conquistados de forma consecutiva. Sim, o Lyon é o atual tetracampeão da Champions Feminina, o que explica seu status de time a ser batido na competição.
O Bayern de Munique até tentou, mas não conseguiu. Bem postada na defesa e tentando explorar contra-ataques e falhas pontuais das lionesas, a equipe alemã dificultou ao máximo a vida das francesas, mas não conseguiu sair de campo com a vaga na semifinal: derrota apertada por 2 a 1, gols de Nikita Parris e Amel Majri, com Carolin Simon descontando para as bávaras.
De sua camisa 1 à camisa 9, o Lyon tem uma seleção mundial como time titular. O padrão se repete se olharmos o banco de reservas e até o departamento médico: principal artilheira da equipe, Ada Hegerberg está lesionada e só deve voltar a campo em uma hipotética decisão. Na semifinal, a missão de tentar frear a dinastia lionesa estará nas mãos justo de seu maior rival, o Paris Saint-Germain, de Endler e da brasileira Formiga. Quem será que levará a melhor?