É campeão! Lyon repete roteiro de 2019 contra o Barcelona e retoma protagonismo da Champions League Feminina
Por Bia Palumbo
O palco era o Allianz Stadium, mas a sensação para quem foi ao estádio em Turim para acompanhar a final da Champions Feminina neste sábado (21) era de déjà vu em relação à temporada 2018/19, a começar pelo fato de que Lyon e Barcelona estavam em campo. A diferença desta vez é que, ao contrário da edição anterior, a equipe catalã chegava com o favoritismo por ter no elenco a artilheira do torneio, Alexia Putellas (atual vencedora da Bola de Ouro), além de ostentar uma campanha com 100% de aproveitamento no Campeonato Espanhol.
Quando a bola rolou, porém, o Lyon conseguiu abrir 3 a 0 logo no primeiro tempo. O primeiro saiu logo aos 6, com Henry, e nem mesmo a lesão de Carpenter, que se machucou sozinha, diminuiu o ritmo da equipe francesa, que tinha mais volume, adiantou as linhas e também respondia com eficiência no contra-ataque. Em um deles, a brasileira naturalizada norte-americana Catarina Macario arrancou pelo meio e achou Bacha na esquerda, ela cruzou e Ada Hegerberg, a maior goleadora da história da Champions Feminina, estava livre dentro da área e então cabeceou firme para ampliar.
O Barcelona, por sua vez, atacava mais com Rolfö pela esquerda, mas Hermoso tinha dificuldades para finalizar e Alexia, bem marcada, mal conseguia pegar na bola e nem mesmo jogadas individuais davam certo porque a defesa rival estava bem postada.
Dia de festa no Maranhão
Macario ainda deixou o dela, em um lance de oportunismo. Desta vez a jogada começou na direita, Hegerberg viu a maranhense fechar na primeira trave e assim o placar mostrava 3 a 0 aos 33 minutos de jogo.
Sandra Paños ainda evitou uma goleada ao espalmar mais um chute perigoso de Hegerberg e também salvou o time quando Paredes errou na saída de bola e tocou no pé da camisa 14, que invadiu a área e ficou cara a cara com a goleira, que conseguiu fazer a defesa.
O gol de honra do Barça foi ainda no primeiro tempo, em uma das únicas vezes que a defesa rival falhou, quando Graham Hansen, uma das mais lúcidas do time na partida, cruzou e Alexia apareceu por trás da zaga para chutar no canto de Christiane Endler.
Oshoala voltou no lugar de Hermoso no segundo tempo, porém o Barcelona não conseguiu transformar a posse de bola em jogadas perigosas, tanto que terminou o jogo com menos finalizações certas (três contra cinco).
Talvez algo pudesse mudar se o chute de Patri, aos 13 da etapa final, tivesse entrado, porém a bola bateu na trave. Faltou pontaria, precisão para evitar impedimentos e nos acréscimos Hergberg ainda quase marcou o quatro porque também acertou o poste.
Oito títulos em 12 anos
É isso mesmo que você leu: a sala de troféus do Lyon vai receber a taça continental pela oitava vez na história. O clube francês subiu no lugar mais alto do pódio na temporada 2010/11, quando bateu o Turbine Potsdam (Alemanha) e desde então só não foi campeão quatro vezes (Wolfsburg levou em 2012/13 e 2013/14, Frankfurt em 2014/15 e Barcelona 2020/21).
Mais uma taça à vista?
E tem mais: a equipe feminina do Lyon está no topo da Division 1 Feminin (ou D1 Arkema), como é chamado o Campeonato Francês, e pode soltar o grito de campeã pela segunda vez em oito dias, visto que no domingo (29) tem pela frente o clássico com o vice-líder PSG. Isso porque a diferença entre eles é de cinco pontos e faltam apenas duas rodadas para o fim da temporada.