É campeão! Lyon repete roteiro de 2019 contra o Barcelona e retoma protagonismo da Champions League Feminina

Soberano! Lyon ganhou oito títulos em 20 edições da Champions League até agora
Soberano! Lyon ganhou oito títulos em 20 edições da Champions League até agora / FRANCK FIFE/GettyImages
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O palco era o Allianz Stadium, mas a sensação para quem foi ao estádio em Turim para acompanhar a final da Champions Feminina neste sábado (21) era de déjà vu em relação à temporada 2018/19, a começar pelo fato de que Lyon e Barcelona estavam em campo. A diferença desta vez é que, ao contrário da edição anterior, a equipe catalã chegava com o favoritismo por ter no elenco a artilheira do torneio, Alexia Putellas (atual vencedora da Bola de Ouro), além de ostentar uma campanha com 100% de aproveitamento no Campeonato Espanhol.

Quando a bola rolou, porém, o Lyon conseguiu abrir 3 a 0 logo no primeiro tempo. O primeiro saiu logo aos 6, com Henry, e nem mesmo a lesão de Carpenter, que se machucou sozinha, diminuiu o ritmo da equipe francesa, que tinha mais volume, adiantou as linhas e também respondia com eficiência no contra-ataque. Em um deles, a brasileira naturalizada norte-americana Catarina Macario arrancou pelo meio e achou Bacha na esquerda, ela cruzou e Ada Hegerberg, a maior goleadora da história da Champions Feminina, estava livre dentro da área e então cabeceou firme para ampliar.

Hegerberg  Olympique Lyonnais - Women's Champions League
A rainha da Champions: Hegerberg chegou a 59 gols; é a maior artilheira de todos os tempos / Anadolu Agency/GettyImages

O Barcelona, por sua vez, atacava mais com Rolfö pela esquerda, mas Hermoso tinha dificuldades para finalizar e Alexia, bem marcada, mal conseguia pegar na bola e nem mesmo jogadas individuais davam certo porque a defesa rival estava bem postada.

Dia de festa no Maranhão

Macario ainda deixou o dela, em um lance de oportunismo. Desta vez a jogada começou na direita, Hegerberg viu a maranhense fechar na primeira trave e assim o placar mostrava 3 a 0 aos 33 minutos de jogo.

Sandra Paños ainda evitou uma goleada ao espalmar mais um chute perigoso de Hegerberg e também salvou o time quando Paredes errou na saída de bola e tocou no pé da camisa 14, que invadiu a área e ficou cara a cara com a goleira, que conseguiu fazer a defesa.

O gol de honra do Barça foi ainda no primeiro tempo, em uma das únicas vezes que a defesa rival falhou, quando Graham Hansen, uma das mais lúcidas do time na partida, cruzou e Alexia apareceu por trás da zaga para chutar no canto de Christiane Endler.

Oshoala voltou no lugar de Hermoso no segundo tempo, porém o Barcelona não conseguiu transformar a posse de bola em jogadas perigosas, tanto que terminou o jogo com menos finalizações certas (três contra cinco).

Talvez algo pudesse mudar se o chute de Patri, aos 13 da etapa final, tivesse entrado, porém a bola bateu na trave. Faltou pontaria, precisão para evitar impedimentos e nos acréscimos Hergberg ainda quase marcou o quatro porque também acertou o poste.

Oito títulos em 12 anos

É isso mesmo que você leu: a sala de troféus do Lyon vai receber a taça continental pela oitava vez na história. O clube francês subiu no lugar mais alto do pódio na temporada 2010/11, quando bateu o Turbine Potsdam (Alemanha) e desde então só não foi campeão quatro vezes (Wolfsburg levou em 2012/13 e 2013/14, Frankfurt em 2014/15 e Barcelona 2020/21).

Mais uma taça à vista?

E tem mais: a equipe feminina do Lyon está no topo da Division 1 Feminin (ou D1 Arkema), como é chamado o Campeonato Francês, e pode soltar o grito de campeã pela segunda vez em oito dias, visto que no domingo (29) tem pela frente o clássico com o vice-líder PSG. Isso porque a diferença entre eles é de cinco pontos e faltam apenas duas rodadas para o fim da temporada.