Chegou o momento do adeus para Fernando Diniz?
Por Lucas Humberto
Desde que o futebol retornou após uma longa parada, os torcedores sabiam que alguns problemas poderiam acontecer. Não tem treinamento que se equipara ao ritmo de jogo. Por isso, as torcidas já se preparavam para ver seus clubes tropeçando pelas pernas e cometendo alguns erros bobos. Mas nada como a campanha do São Paulo.
Foram dois jogos e duas derrotas. A primeira delas para o Red Bull Bragantino, por 3 a 2. E na última quarta-feira para o Mirassol, pelo mesmo placar. A consequência não poderia ser diferente: o Tricolor paulista não está mais na corrida para o título do Paulistão.
Após a fatídica partida, Fernando Diniz afirmou em entrevista que sabe da repercussão negativa e pede desculpas ao torcedor. "Não é uma coisa fácil de explicar. A gente parou de uma forma e voltou de uma forma totalmente diferente. Quase que o oposto. Era um time que tinha conexão com o torcedor, entre nós mesmos, jogo que fluía, criava muitas chances de gols, chegava fácil pelos dois lados do campo, que oferecia poucos contra-ataques, que era muito atento. A gente retomou de uma forma muito diferente daquilo que parou. A gente vai ter que trabalhar e retomar aquele momento que parou diante do Santos", completou o técnico.
A derrota machuca ainda mais os torcedores diante da comparação financeira dos times. Durante a pandemia, o Mirassol perdeu 18 jogadores, sendo 8 titulares. Ou seja, os comandados de Diniz foram derrotados para um time remontado e para além disso, com pouco tempo de entrosamento, apesar da excelente partida.
Não é de hoje que o São Paulo sofre problemas no setor defensivo. O time consegue desempenhar muito bem o papel no ataque, afinal, foram 4 gols em 2 jogos. Mas, toda a defesa do clube é simplesmente insatisfatória. E Diniz teve tempo para analisar isso e corrigir os defeitos.
Talvez, a maior chateação da torcida é que Diniz sabia exatamente onde trabalhar com seus comandados e não o fez. O treinador demonstrou apatia, dentro e fora de campo. E o futebol não perdoa. Se a diretoria do clube optar pela demissão do técnico, não vai ser nenhuma surpresa e muito menos injustificado.
Agora, o São Paulo se prepara para a estreia no Brasileirão. O primeiro jogo está marcado para o dia 9 de agosto, contra o Goiás, fora de casa.