Clássico entre Corinthians e São Paulo tem polêmica, gol de carrasco e tabu mantido no Morumbi

Um ponto para cada lado no último Majestoso de 2022
Um ponto para cada lado no último Majestoso de 2022 / Ricardo Moreira/GettyImages
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Ruim para os dois. Este pode ser o saldo do último São Paulo e Corinthians em 2022, um empate em 1 a 1 pela 26ª rodada do Brasileirão. O Tricolor manteve o tabu de cinco anos sem perder o clássico no Morumbi, porém segue mais próximo da zona de rebaixamento do que do G-6, enquanto o Alvinegro do Parque São Jorge desperdiçou outra chance de ser vice-líder.

Como decidem vaga na Copa do Brasil na próxima semana, Rogério Ceni surpreendeu ao escalar um time reserva, dividindo opiniões de torcedores, inclusive improvisando o zagueiro Luizão na esquerda. Já Vítor Pereira lançou o zagueiro Bruno Méndez na lateral-direita, e o titular Fagner participou apenas na etapa final.

O Corinthians criou as melhores chances na primeira metade do jogo e saiu na frente com Yuri Alberto, que tabelou com Giuliano, livrou-se da marcação de Miranda e arriscou de longe um chute de canhota que estufou a rede: 1 a 0. Róger Guedes teve duas boas oportunidades, mas estava em posição de impedimento em ambas e foi o mais discreto do ataque alvinegro.

O São Paulo melhorou após o gol. Talles Costa recebeu um passe em profundidade de Andrés Colorado e acertou a trave, depois uma sequência de três chutes dentro da área que só não se converteram no empate porque Cássio espalmou a tentativa de Galoppo e Igor Gomes pegou o rebote, mas mandou à esquerda do gol.

Bastante modificado, o Tricolor só conseguia chegar na ligação direta. E foi assim que chegou ao empate, após um lançamento do campo de defesa de Rafinha que chegou em Eder. Ele se enroscou com o zagueiro Gil, caiu na área e o árbitro Marcelo de Lima Henrique apontou para a marca da cal. Houve revisão no VAR. O próprio atacante pegou a bola e escolheu a chamada 'bola de segurança', ou seja, bateu rasteiro no meio do gol, enquanto Cássio caiu para o lado, encerrando um jejum de gols que persistia desde 7 de julho.

Felipe Alves salva o Tricolor

Os donos da casa melhoraram após o empate, tanto que terminou o 1º tempo com mais finalizações (7 contra 3) e posse de bola (55%). Ninguém mexeu no intervalo e o cenário foi de um clássico estudado logo de cara. Róger Guedes tentou duas vezes, mas Felipe Alves levou e melhor em ambas, depois Eder e Fausto Vera acertaram o travessão, porém o ritmo da partida caiu um pouco.

Ceni colocou em campo alguns titulares, modificando toda a linha ofensiva, mas a substituição que fez mais diferença foi Renato Augusto. O veterano ajudou a deixar o time mais agressivo tanto melhorando a qualidade dos passes quanto em cruzamentos, porém novamente o goleiro são-paulino defendeu três chegadas importantes que passaram pelos pés do camisa 8.

O Timão acabou com 16 finalizações, contra 11 do rival, porém a intensidade esbarrou na boa atuação do goleiro e o Tricolor mal atacou na etapa final - Luciano, Patrick e Calleri pouco acrescentaram e só o argentino conseguiu incomodar, mas a cabeçada saiu por cima do gol.