O que é uma cláusula de rescisão de contrato?
- Grandes jogadores do futebol moderno costuram cada vez mais detalhes em seus acordos
- Valores astronômicos chamam a atenção
Por Izabelle França
Entramos na metade de 2024. Período marcado pela janela de transferências e a temporada 2024/25 já começou para muitos clubes europeus. Com o tempo, os clubes aprenderam fazer “amarras” nos contratos de seus jogadores, com altos salários, fora os bônus para compensar, logo, dificultando o interesse de equipes rivais, além de se beneficiar ao ficar com um determinado jogador.
No entanto, uma coisa que continua bastante simples é o conceito da cláusula de rescisão de contrato. Você sabe o que é e como funciona? Vamos explicar mais detalhadamente o que são as elas e como elas são ativadas.
O que é uma cláusula de rescisão?
Popularmente chamada de multa rescisória, a cláusula de rescisão é algo simples de entender. É uma taxa colocada no contrato do jogador ativada no momento em que o clube interessado em contratar o atleta paga o valor determinado.
Em exemplo recente, o Milan pagou exatamente 13 milhões de euros (R$ 78,5 milhões) para o Atlético de Madrid pela chegada do atacante Álvaro Morata e o clube espanhol teve que aceitar a oferta. Segundo a imprensa italiana, os Colchoneros inclusive foram pegam até desprevenidos.
Por que os jogadores possuem cláusulas de rescisão?
Existem vários motivos pelos quais jogadores possuem um contrato de rescisão, sendo algo padrão no futebol moderno, especialmente com aqueles que integram a elite ou atuam por grandes clubes. Ou seja, eles mesmo se protegem ao estipular este valor que pode ser diferente em caso de transferência para o mercado interno, ou seja, quando o destino é no mesmo país, ou em nível internacional.
Uma rescisão com valor astronômico poderá fazer uma equipe adversária repensar na possível contratação ou até tentar negociar. Por outro lado, também pode beneficiar o jogador. Se o mesmo joga em clube que briga pelo meio da tabela de classificação, por exemplo, ele e seus empresários podem costurar um acordo atrelado a metas e bônus, o que depende do desempenho individual e/ou do clube.
Em resumo, as cláusulas permitem que clubes menores contratem estrelas mais promissoras pois permitem ao jogador uma rota de saída simples. Elas também podem ser ativadas de maneiras diferentes.
Por exemplo: um jogador que chega para um determinado clube visando disputar a temporada 2024/25, a cláusula em seu acordo pode se tornar ativa somente em 2026. Isso garante que o jogador tenha a capacidade de trocar de clube em um futuro próximo, mas também permite que o clube mantenha o controle de seu ativo por pelo menos dois anos.
Todo contrato tem uma cláusula de rescisão?
As cláusulas do contrato não são obrigatórias. Muitos clubes se recusaram a inserir este tipo de liberação nos contratos de seus jogadores, oferecendo a eles maior flexibilidade para responder ao valor e interesse de um jogador no mercado. No entanto, elas são cada vez mais comuns e há alguns lados que têm cláusulas de liberação em todos os contratos de seus jogadores. Porém, na LaLiga as cláusulas são realmente obrigatórias.
As maiores cláusulas de rescisão do futebol
Por ser obrigatório na liga, Barcelona e Real Madrid são alguns dos gigantes que calculam valores astronômicos para seus principais astros. Ambos possuem nove jogadores que a rescisão chega no valor de 1 bilhão de euros (aproximadamente R$ 6,06 bilhões), tendo nomes como Vinicius Junior, Pedri, Jude Bellingham e Lamine Yamal.
Aparentemente, na Premier League especula-se que Haaland é um dos atletas que possuem a rescisão mais alta, de 175 milhões de euros (cerca de R$ 1,060 bilhão). A primeira posição seria ocupada por Kevin De Bruyne, seu colega de Manchester City, que saíra de graça para o Al-Ittihad, possui uma clausula de 213 milhões de euros (R$ 1,291 bilhão),