Cobrança de Renato é um misto de desejo, contexto de mercado e isenção de responsabilidade
Por Fabio Utz
Não foi a primeira vez que Renato Portaluppi cobrou, publicamente, investimentos maiores por parte do Grêmio para que ele renove seu contrato. Isso já havia acontecido no passado. No entanto, o contexto do mais novo "pedido" é bem diferente. E é isso que me faz acreditar que o treinador está propenso a deixar Porto Alegre.
Se mais atrás este era mais um jogo de palavras, uma vez que dificilmente encontraria um local para trabalhar com as mesmas condições recebidas em Porto Alegre, agora Renato vê o Atlético-MG disposto a tê-lo em Belo Horizonte como o substituto de Jorge Sampaoli. Além disso, o Flamengo também tende a procurá-lo caso não conquiste o Campeonato Brasileiro. Ou seja, ele sabe que há clubes para lá de poderosos, e com muito dinheiro para contratar, quase que caindo na sua mão.
O técnico, assim, quer se isentar de qualquer tipo de responsabilidade de um eventual "adeus". Joga, com isso, a "bomba" para o presidente Romildo Bolzan Júnior, que já não goza do mesmo prestígio de anteriormente junto à torcida e que pode sofrer mais esse baque em uma gestão que, desde a mais recente reeleição, pena para embalar.
Publicamente, o Grêmio garante querer Renato até o final de 2022, quando se encerra o atual mandato. Pedindo, claramente, um grupo mais qualificado e querendo quase que se isentar da responsabilidade pelos fracassos de 2020, o comandante se coloca no mais alto degrau de um "altar", sabedor de que não sofrerá cobranças e/ou retaliações. Deste modo, o clube que trate de tentar subir até lá e satisfazer seus desejos. Do contrário...
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