Cobrança pública de Rashford surge efeito, e crianças carentes serão beneficiadas com ação do governo britânico
Por Fabio Utz
O futebol, sim, funciona como um moderador social. E os efeitos são praticamente imediatos. Depois de o atacante Marcus Rashford, do Manchester United e da seleção da Inglaterra, divulgar uma carta aberta refletindo sobre o momento da sociedade e, com base na sua história e de sua família, pedir uma ação política no intuito de ajudar crianças cujas famílias estão sofrendo os efeitos do lockdown no país, o governo local tomou a dianteira no processo.
Houve a confirmação de que jovens receberão refeições gratuitas durante as férias de verão, em um período de seis semanas. Os destinatário elegíveis terão direito a 15 libras por semana, e esta ação custará um total de 120 milhões de libras aos cofres públicos. O primeiro-ministro Boris Johnson saudou a "contribuição de Rashford ao debate sobre a pobreza", e o jogador, de pronto, reagiu. "Veja o que podemos fazer quando nos unimos", disse.
Quase 1,3 milhão de crianças em idade escolar na Inglaterra - representando 15,4% dos alunos com educação serão beneficiados com a ação. O porta-voz oficial do primeiro ministro disse a repórteres que esta é "uma medida específica para refletir as circunstâncias únicas da pandemia". Referindo-se a Rashford, acrescentou: "O primeiro-ministro agradece sua ajuda e respeita o fato de ele estar usando seu perfil como um esportista de destaque para salientar questões importantes". O jogador, em uma ação individual, já vinha bancando, em parceria com a Fare Shake UK, a distribuição de 3 milhões de refeições por semana aos mais necessitados.
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