Colômbia histórica e passeio francês: os destaques do último dia das oitavas da Copa do Mundo Feminina

  • Cafeteras eliminam Jamaica, algoz do Brasil, e estão nas quartas
  • Presença entre as oito melhores seleções do mundo sela melhor campanha da Colômbia
Colômbia, de Usme, está nas quartas de final da Copa do Mundo
Colômbia, de Usme, está nas quartas de final da Copa do Mundo / Robert Cianflone/GettyImages
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A maior Copa do Mundo Feminina de todos os tempos chega à sua fase de quartas de final com apenas uma seleção sul-americana ainda viva na corrida pelo tão sonhado título. E obviamente não estamos falando do Brasil, eliminado de forma vexatória ainda na fase de grupos do torneio.

Fazendo uma campanha histórica e sem precedentes, a Colômbia carimbou o seu passaporte para a próxima fase do torneio mais importante do futebol feminino, vencendo a Jamaica em mais um jogo com presença marcante da torcida das Cafeteras nas arquibancadas de Melbourne.

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A seguir, o 90min traz um resumo do que aconteceu de mais importante nesta terça-feira, 8 de agosto, último dia das oitavas de final da Copa do Mundo Feminina de 2023:


1. Festa colombiana em Melbourne

Colombia and Jamaica: Round of 16 - FIFA Women's World Cup Australia & New Zealand 2023
Torcida colombiana deu show em Melbourne / Will Murray/GettyImages

Conhecido por sua enorme paixão pelo futebol e pelo esporte, o povo colombiano vem fazendo bonito nesta Copa Feminina. Mesmo do outro lado do mundo, o comparecimento de torcedores colombianos em jogos das Cafeteras chama atenção.

Em Melbourne, novamente protagonizaram uma grande festa nas arquibancadas, ajudando seu time a fazer história diante da Jamaica.

2. Catalina Usme, eternizada

Colombia and Jamaica: Round of 16 - FIFA Women's World Cup Australia & New Zealand 2023
Catalina Usme atingiu marca histórica nos Mundiais / Will Murray/GettyImages

A vitória das Cafeteras por 1 a 0 sobre as Reggae Girlz teve a assinatura da jogadora mais importante do futebol feminino colombiano: Catalina Usme.

Símbolo maior da modalidade em seu país, a atacante de 33 anos balançou as redes e se tornou de forma isolada a maior artilheira da Colômbia em Copas do Mundo Feminina. Pela primeira vez, sua seleção está nas quartas desta competição.

3. Benzina e o simbolismo de seu hijab

Nouhaila Benzina
Benzina esteve em campo contra a França / Cameron Spencer/GettyImages

Nouhaila Benzina, a primeira jogadora a atuar em uma partida de Copa do Mundo vestindo um hijab, deixou sua marca de coragem e pioneirismo na história dos Mundiais.

Há, no entanto, um simbolismo particular no fato da zagueira ter entrado em campo com a vestimenta diante da França: há uma forte onda conservadora no país com ataques direcionados à população muçulmana. Prova disso é que na Copa Feminina de 2019, sediada na França, houve veto nacional ao uso de hijab nos jogos do torneio.

4. França em "modo voraz automático"

Kadidiatou Diani
França abriu 3 a 0 em menos de 25 minutos / Cameron Spencer/GettyImages

Antes da bola rolar, havia uma tensão grande em torno da partida entre França x Marrocos por conta dos contornos geopolíticos e sociais que o duelo carregava, afinal, Marrocos é um dos tantos países da região do Magreb violentamente colonizados pela França.

Havia, portanto, a possibilidade de vermos um jogo quente e pegado, mas as Azuis deram um "banho de água fria" em qualquer projeção de equilíbrio. Sobrando, abriram 3 a 0 ainda nos 25 minutos iniciais, graças à atuação espetacular da atacante Diani.