Com Arthur e Richarlison sendo os "Coutinhos" da vez, Tite mostra que há poucas vagas restantes na Seleção
Por Lucas Humberto
Nova convocação, velhas polêmicas. Como dissemos aqui antes, Tite escolheu seu grupo para a Copa do Mundo muito antes do que talvez fosse necessário. E, nesta sexta-feira (11), dois nomes provaram tal ponto: Arthur e Richarlison. A dupla ocupará o papel deixado por Philippe Coutinho, ou seja, veteranos que outrora tiveram vaga praticamente cativa mas, seja por lesão ou má fase, foram deixados de lado.
Tite obteve sucesso com Coutinho. Se nas listas do fim de 2021, quando o meia-atacante ainda estava no Barcelona, choviam críticas, hoje ninguém se opõe. E nem deveria, claro, afinal, o brasileiro tem mostrado requintes do little magician do Liverpool no Aston Villa. Deu certo uma vez, por que não tentar outras duas, certo? E assim recebemos Arthur de volta à seleção. A esperança do técnico? Que o raio caia quantas vezes for preciso no mesmo lugar.
Embora esteja ganhando mais moral sob comando de Massimiliano Allegri, o meia da Juventus só apareceu novamente na lista justamente porque já havia aparecido outras vezes. E porque atua na Europa, claro. Tite deixa de apostar no atleta em si para colocar todas suas fichas na capacidade de recuperar um momento do passado no qual aquele jogador esteve bem.
A situação de Richarlison é diferente. Numa lista sem Matheus Cunha e Gabriel Jesus, o atacante ganhou uma nova chance de mostrar futebol para estar no Mundial do Catar, mesmo que seja no banco de reservas. De qualquer forma, fica o questionamento: será mesmo que Tite irá deixar o camisa 9 do Manchester City de fora?
Nova convocação, velhas polêmicas. Fica a impressão de que, sim, talvez ainda falte um lateral, um meia e até outro atacante de referência para fechar a seleção "ideal" para o Catar. Não que isso seja suficiente para deixar Pedro, Claudinho ou Raphael Veiga sonhar. Tite sabe exatamente quem irá convocar. Resta sabermos quais serão os resgatados da próxima vez.