Com corte de refeição de funcionários, Grêmio deixa cada vez mais evidente sua incapacidade administrativa
Por Fabio Utz
O vice-presidente de futebol Denis Abrahão pode argumentar que horas extras acumuladas representam uma falta de planejamento do organograma - e representam. O vice-presidente de futebol Denis Abrahão pode argumentar que dar vale-refeição e garantir almoço no centro de treinamento é pagar duas vezes pela mesma coisa - e é. Mas e daí? É hora tirar benefícios de quem realmente dá o sangue por um clube de futebol?
O Grêmio, em um dos momentos mais críticos de sua história, toma atitudes que vão contra a sua grandeza. Resolver eliminar horas extras improdutivas eu até posso admitir - afinal, o que não falta é trabalho mal feito dentro da Arena. Mas fazer um colaborador optar por vale-refeição, almoço no CT ou trazer comida de casa, aí já extrapola o limite do bom-senso e faz todo mundo se perguntar o que realmente acontece nos bastidores do Tricolor.
Isso é exemplo de administração? É assim que se mantém saudável um ambiente de trabalho, ainda mais em uma temporada na qual todo mundo precisa dar um pouco a mais de si para tirar o Grêmio do buraco onde sua diretoria o meteu? Diante de uma atitude antipopular como essa, quem recebe pouco e vê jogadores e executivos terem ganhos milionários a cada mês certamente precisa se questionar qual o seu papel dentro dessa engrenagem.
Quero ver alguém vir a público e dizer qual será a real economia de dinheiro. De antemão, cravo sem medo de errar: é muito menor que o custo de um avião fretado, que o salário de alguns da alta cúpula e que o dano à imagem do clube. Para onde o Grêmio está indo? Afinal, o buraco não para de crescer.
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