Com problemas econômicos, São Paulo vai ao mercado por reforços de baixo custo – veja prioridades
Por Lucas Humberto
Entre lesões e a necessidade de reforços pontuais, a lógica apontava para um São Paulo de postura ativa neste mercado de transferências, que se abre no dia 18 de julho. Mas não é isso que veremos. A configuração interna no âmbito das contratações permanece a mesma: buscar novas peças que envolvam pouco ou nenhum valor investido em direitos econômicos.
A iminente chegada de Marcos Guilherme, livre após rescindir com o Internacional, é um exemplo. Por ora, a comissão técnica tricolor procura por pelo menos três jogadores: um zagueiro, um volante e mais um atacante que possa atuar pelos lados ou centralizado. Em todos os casos, haverá cautela por parte da direção, afinal, o clube permanece em grave dificuldade financeira.
A prioridade do Tricolor Paulista, acima até dos reforços, é quitar os débitos existentes com os próprios atletas do elenco atual. Isso significa que, mesmo em caso de potenciais vendas, o dinheiro não será revertido em contratações. Não há, contudo, propostas reais na mesa do presidente Julio Casares. Ainda assim, há expectativa de ofertas por Welington, Rodrigo Nestor e Igor Gomes.
Além disso, a possível negociação de Antony, hoje no Ajax, pode render até R$ 50 milhões aos cofres da agremiação no melhor dos cenários. No entanto, nada disso irá mudar os moldes estabelecidos para as tratativas em 2022. A prioridade está na zaga. Com a lesão de Arboleda, Ceni tem apenas Diego Costa, Léo e Miranda, além dos jovens Beraldo e Luizão.
No meio-campo, o objetivo é encontrar um primeiro volante. A ausência de Luan encurta ainda mais as opções do técnico, que hoje conta com Gabriel Neves e Pablo Maia. Em paralelo, o departamento médico segue lotado: Gabriel Sara até volta no segundo semestre, mas Arboleda, Caio e o próprio Luan retornam apenas em 2023.
Alisson, Colorado, Nikão e Talles Costa estão se recuperando de contusões menos graves e devem estar à disposição nas próximas semanas. Diante do cenário, a diretoria também não descarta contratos de empréstimo. Para ter Colorado por um ano, por exemplo, o São Paulo desembolsou US$ 120 mil (R$ 625 mil).
Nos últimos dias, o Tricolor Paulista sondou o meia Claudinho, do Zenit. A movimentação nos bastidores se deu pela possibilidade de tê-lo sem custos em razão da decisão da Fifa que permite a estrangeiros atuando na Rússia a suspensão contratual até junho de 2023. Ele, porém, prefere seguir nos gramados europeus.