Com técnico estrangeiro, CBF clama pelo novo, mas mantém as velhas estruturas

Tite não conseguiu conduzir o Brasil em direção ao hexa
Tite não conseguiu conduzir o Brasil em direção ao hexa / NELSON ALMEIDA/GettyImages
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Passou-se uma eternidade entre o gol contra de Fernandinho e o preciso chute de De Bruyne. Correu tanto tempo que Thibaut Courtois conseguiu brilhar várias vezes para interceptar as tentativas brasileiras. No fim das contas, a Canarinho terminou eliminada e com o sonho do hexacampeonato adiado para 2022. Quem diria que a eliminação do Catar seria ainda mais dolorosa. A perfeita ironia do destino.

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Brasil perdeu para a Croácia nos pênaltis / Visionhaus/GettyImages

A queda precoce para um favorito escancarado simbolizou também a despedida de Tite do comando. A CBF agora se concentra na busca pelo candidato perfeito para um dos cargos mais prestigiados do futebol, afinal, independente dos fracassos recentes em Mundiais, estamos falando da única seleção pentacampeã. A entidade, de acordo com as notícias recentes, segue o roteiro de grande parte dos clubes nacionais: a procura por um estrangeiro.

A razão por trás do interesse da confederação também é a mesma dos times: o clamor pelo novo. Depois de cinco Copas com técnicos brasileiros no comando e um penta só de eliminações, não seria a hora de rever os conceitos? No mundo ideal, a CBF se repaginaria por inteira. Mas, no universo do factível, a chegada de um estrangeiro pode até não resolver nossos problemas, mas certamente apontará uma nova direção. Não é preciso uma sexta queda para perceber que algo precisa mudar.