Como fica o elenco do Grêmio para a provável disputa da Série B em 2022?
Por Fabio Utz
Ficou praticamente impossível imaginar o Grêmio jogando a primeira divisão do futebol brasileiro em 2022. A derrota por 3 a 1 para o Bahia, com o time totalmente apático e sem o mínimo de organização, foi a chamada 'pá de cal'.
Muito embora a matemática ainda permita sonhar com a permanência na Série A, existe a obrigatoriedade de se fazer 100% de aproveitamento até o final do Brasileirão e ainda torcer por resultados paralelos. Por isso, é hora de começar a projetar o ano que vem, com a disputa da Série B. Afinal, com quais jogadores o Tricolor pode (e deve) contar para reiniciar um projeto?
Dos chamados medalhões, alguns naturalmente vão embora. Rafinha, Cortez e Diego Souza, por exemplo, não terão seus contratos renovados. Já Borja, embora o vínculo por mais uma temporada, tem o desejo de disputar a Copa do Mundo com a seleção colombiana e tende a buscar um novo lugar para jogar - além disso, seu salário é proibitivo para quem terá um decréscimo de receitas, somente de televisão, na ordem de R$ 60 milhões.
Existem também os chamados 'bolas da vez' para uma negociação. Como é tradição do Grêmio vender atletas, Vanderson e Ferreira são ativos para se fazer dinheiro - muito embora se saiba que o rebaixamento deixa a instituição à mercê de propostas menos vantajosas. Isso sem contar, por óbvio, profissionais com vínculo, mas que perderam espaço completamente, como Paulo Miranda, Jean Pyerre e Diogo Barbosa. Como se desfazer deles sem onerar a folha é o desafio. Por fim, há os 'pontos de interrogação'. Douglas Costa quer ficar, mas o Grêmio deseja a sua permanência? Campaz foi a contratação mais cara da história do Tricolor, mas tem perfil para uma segunda divisão? Villasanti, titular do Paraguai, não vai naturalmente pensar em novos ares?
Resumindo: pegando o atual elenco, somente nomes como os goleiros Brenno e Gabriel Grando, o zagueiro Geromel, os volantes Thiago Santos (contra a vontade da torcida) e Lucas Silva, além dos jovens Rodrigues (também contestado), Pedro Lucas, Sarará e Elias são tendências para 2022. Até com Kannemann, que passará por cirurgia no quadril e perderá parte da temporada, não se pode contar.
O desafio é, sim, gigante. Possivelmente maior que a capacidade de projetar futebol da atual direção.
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