Como foi a melhor temporada de Cristiano Ronaldo com a camisa do Manchester United?
Por Lucas Humberto
Quebrador de recordes, Cristiano Ronaldo certamente está entre os melhores e mais vitoriosos jogadores de todos os tempos. No entanto, para ser detentor de tal status nos dias de hoje, o craque luso precisou começar de algum lugar, certo? Tamanha dinastia teve início na temporada 2007/08, quando o camisa 7 ainda defendia as cores do Manchester United e estava sendo "lançado" ao mundo futebolístico.
Aquela campanha, de início complicado na Premier League, terminaria com uma sequência implacável de títulos. Abaixo, nós contamos um pouco dessa história.
Da dificuldade inicial ao ímpeto de CR7: a Premier League
Obviamente a qualidade de Cristiano Ronaldo já era um dos principais assuntos na Inglaterra quando a competição começou, principalmente devido ao título nacional conquistado na temporada anterior. Com altas expectativas em torno do português, a Premier League 2007/08 não iniciou bem para os comandados de Alex Ferguson: a primeira vitória veio apenas na quarta rodada, em partida difícil contra o Tottenham.
Depois daquele triunfo, que acabou sendo tudo que os Red Devils precisavam, a sequência de oito vitórias consecutivas alavancou o clube de Manchester. Na 19ª rodada, Rooney e seus companheiros assumiram a liderança e, no restante da competição, disputaram o protagonismo do primeiro lugar contra o Chelsea.
Na última rodada, Blues e Red Devils estavam empatados em número de pontos. Amplo favorito, o Chelsea recebeu o Bolton e viu o placar terminar em igualdade: 1 a 1. A missão do Manchester United, consideravelmente mais complicada, era vencer o Wigan fora de casa. Como CR7 não foge da luta, liderou o triunfo e sagrou-se bicampeão inglês,
Nascido para Lutar: a Champions League
Cristiano Ronaldo pode até se destacar nos mais diversos torneios do futebol mundial, mas nada se compara aos seus feitos na Liga dos Campeões. CR7 nasceu para brilhar no torneio continental mais disputado do Velho Continente. Em 2007 não poderia ser diferente. Após atingir 16 pontos em seis jogos da fase classificatória, a vaga do United nas oitavas de final estava garantida.
Aliás, a partir da etapa de mata-mata, Cristiano marcou gol contra todos os adversários que enfrentou, com exceção do Barcelona, na semifinal. Os Red Devils deixaram Lyon, Roma e culés pelo caminho antes de chegar ao jogo mais esperado do ano, diante de um velho conhecido: Chelsea. Na grande decisão do título europeu, o tempo regulamentar foi marcado por discussões, sangue, cartões amarelo e empate em 1 a 1, gols de CR7 e Frank Lampard.
Nas penalidades máximas, o craque luso, ironicamente, não conseguiu converter seu pênalti. Felizmente para os torcedores, a sorte estava favorável a Edwin Van der Sar e seus companheiros, que chegaram ao topo do Velho Continente, mais uma vez contra o Chelsea. Será um reencontro interessante...
No Topo do Poder: o desempenho individual
A cereja do bolo para Cristiano Ronaldo veio com a consagração individual. Artilheiro da Premier League (31 gols) e goleador máximo da Liga dos Campeões (oito gols), o atacante foi considerado o melhor jogador pela Federação Internacional de Futebolistas Profissionais, além de ter sido reconhecido como melhor jogador europeu da temporada pela Uefa.
Como se não bastasse tanta honraria, ele ainda recebeu a Bola de Ouro da revista France Football, a Chuteira de Ouro e o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa - o primeiro até então.
De volta ao Manchester United, Cristiano Ronaldo deve ser oficialmente reapresentado ao torcedor dos Red Devils neste sábado (11), contra o Newcastle, em partida válida pela Premier League. Como o camisa 7 ainda não realizou seu primeiro treino com a "nova" equipe, ainda não se sabe se terá condições de jogo neste final de semana.