Como o futebol feminino se reerguerá pós-pandemia
Por Pietra Pauletti
O futebol feminino está com jogos e competições suspensas em decorrência do novo coronavírus. Com isso, o esporte está sendo prejudicado e a modalidade, esquecida. A pandemia enfraqueceu muito os times e deixou ainda mais frágil o estado dos clubes que já não tinham boas estruturas, fazendo com que as equipes femininas já não tenham o investimento que vinham tendo de patrocinadores.
Infelizmente, ainda em 2020 o futebol sofre pela falta de reconhecimento e exposição da mídia em torno de jogos e competições realizadas por mulheres. A Copa do Mundo feminina em 2019, realizada na França, e o que a visibilidade dada à competição representou, mostraram que essa categoria evoluiu muito e que aquele "pré-conceito" de que mulher não sabe jogar futebol foi jogad0 para escanteio.
Por grande partes dos clubes, a interrupção dos campeonatos afetou diretamente no bolso, com isso, tendo diminuição de salários de até 70% nesse período. Vale ressaltar que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), tem uma grande diferença de pagamento entre as versões masculina e feminina no esporte.
Segundo os dados apresentados na pesquisa, o argentino Lionel Messi em um ano ganha o dobro do pagamento que 1.693 jogadoras juntas. O argentino receberia US$ 84 milhões de euros (R$ 320 milhões), enquanto as atletas receberam, juntas, US$ 42,6 milhões de euros (R$ 162 milhões).
Sabemos que a economia do futebol feminino será em todo caso duramente afetada. E que será um período com menores valores, pois os clubes automaticamente vão cortar o orçamento do futebol feminino. Resta torcer para que outros patrocinadores, mesmo que com quantias menores, continuem contribuindo.
A crise pelo Covid-19 é um momento que exige de diversos setores do futebol, muita inovação e intervenção de setores que até então, não tinham tanto contato e importância. Mas que hoje, podem servir para alcançar o maior objetivo: não deixar que a pandemia destrua o futebol feminino.
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