Contratações e saídas do Fluminense: como foi o mercado do Tricolor Carioca?
- Fluminense mudou bastante o seu elenco com a temporada em andamento
- Grande contratação do atual campeão da América foi, sem dúvida, Thiago Silva
Por Nathália Almeida
Depois de uma temporada 2023 dos sonhos para o clube e seu torcedor, o Fluminense viveu um verdadeiro "pesadelo" no primeiro semestre de 2024, caindo nas semifinais do Carioca e fechando o primeiro turno do Brasileirão afundado no Z-4, com uma das piores campanhas de sua história nos pontos corridos.
Na tentativa de consertar os erros de planejamento cometidos no início do ano e redirecionar a rota do clube com a temporada em curso, o Tricolor foi ao mercado e fez movimentações importantes na janela de transferências de meio de ano. A seguir, o 90min traz um resumo do que aconteceu de mais relevante entre contratações e despedidas no time das Laranjeiras.
1. A melhor contratação: Thiago Silva
Liderança, experiência, identificação e enorme impacto técnico no setor que mais vinha sofrendo na equipe das Laranjeiras no primeiro semestre: todos esses fatores explicam o porquê de Thiago Silva ser considerado, sem espaço para dúvidas ou questionamentos, a melhor aquisição do Fluminense no mercado de meio de ano – e, possivelmente, o melhor reforço do futebol brasileiro em 2024.
2. Outros reforços anunciados
Além de Thiago Silva, o Fluminense anunciou outros seis jogadores nesta janela de meio de ano: Ignácio (zagueiro), Facundo Bernal, Nonato e Victor Hugo (volantes), Kevin Serna (ponta) e Gabriel Fuentes (lateral-esquerdo). Explorando bastante o mercado sul-americano, o Tricolor fez um bom papel atacando as principais lacunas de seu plantel, mas deu o azar de perder Ignácio por lesão logo em seu segundo jogo. Até aqui, o grande destaque dentre os citados tem sido Kevin Serna, ponta veloz e explosivo.
3. A saída que mais preocupa: André
Por necessidade de levantar receitas em vendas, o Fluminense teve que vender o melhor volante do Brasil nesta janela de transferências. André, que recusou uma oferta pesada do Liverpool em 2023 pelo sonho de vencer a Libertadores pelo clube, se despediu das Laranjeiras com status de ídolo, sendo negociado por 25 milhões de euros ao Wolverhampton. É uma perda técnica e moral bastante pesada para o time, dada a importância o camisa 7 para o equilíbrio e competitividade do meio-campo tricolor.
4. Outras saídas anunciadas
Além de André, o Fluminense se despediu de outros três jogadores neste mercado de meio de temporada: Marlon (zagueiro), Alexsander (volante) e Douglas Costa (atacante). O primeiro viu seu empréstimo encerrar e não teve vínculo renovado, ao passo que o último rescindiu amigavelmente após ficar "sem clima" para seguir nas Laranjeiras. Alexsander, negociado ao Campeonato Saudita, rendeu mais de R$ 50 milhões ao clube.
5. Avaliação do mercado do Fluminense
Dentro de suas limitações financeiras, pode-se dizer que o Fluminense fez um bom mercado de meio de temporada, mapeando atletas mais jovens e de potencial no mercado sul-americano, como Bernal, Serna e Fuentes. Trazer jogadores abaixo dos 30 anos era fundamental para rejuvenescer o envelhecido elenco tricolor, que dava sinais de perda de competitividade e intensidade em 2024. A venda de André, obviamente, é um duro golpe para o time – mas a permanência de Jhon Arias é uma grande notícia.