Copa América Feminina pode ter técnica campeã pela primeira vez: conheça as candidatas
A Copa América Feminina terá, finalmente, uma técnica campeã? As probabilidades nunca foram tão altas. Afinal, esta é a edição do torneio com maior representatividade de mulheres como comandantes das seleções participantes.
Em 2018, apenas duas mulheres comandaram os times no torneio: Vivian Ayres (Peru) e Wendy Villón (Equador). Agora, na Colômbia, serão quatro equipes com técnicas: Venezuela, Bolívia, Equador e Brasil.
Pamela Conti - técnica da Venezuela
A ex-jogadora e treinadora italiana de 40 anos chegou para dirigir a seleção venezuelana em outubro de 2019. Como atleta, jogou como meio-campista. Em 1988, estreou com a seleção da Itália, com a qual disputou a Eurocopa de 2005 e 2009. Passou também pelo futebol espanhol, russo e sueco.
"Temos claro como queremos jogar, cada uma sabe o que tem que fazer.""
- Pamela Conti, técnica da Venezuela
A técnica inicia a jornada na Copa América com a Copa do Mundo de 2023 como principal objetivo.
Rosana Gómez - técnica da Bolívia
A Federação Boliviana de Futebol apresentou no mês passado a ex-jogadora argentina de 41 anos. Na liga nacional de seu país, vestiu as camisas de Rosario Central e Boca Juniors, equipe com a qual conquistou nada menos que 18 títulos e disputou a Copa Libertadores da América. A "Canhota", como é conhecida, fez parte da seleção alviceleste que disputou a Copa do Mundo Feminina de 2003 e 2007.
Iniciou sua carreira como treinadora na Universidade de Buenos Aires, seguiu como diretora técnica do Social Lux e, depois, foi para o Central. Em 2017, comandou a Seleção Universitária nos Jogos de Taipei. Este ano, a técnica havia assumido o Argentino de Rosario, um dos candidatos ao acesso na "Primera B", a segunda divisão do futebol feminino argentino.
Em entrevista coletiva, a argentina afirmou que seu objetivo na Copa América é finalizar o torneio com a equipe "nas primeiras posições".
Emily Lima - técnica do Equador
A treinadora de 41 anos se tornou a primeira mulher a comandar a Seleção Brasileira Feminina em 2016. Em 2020, chegou ao Equador para treinar a equipe nacional rumo ao Mundial de 2023, na Austrália e Nova Zelândia.
Volante na época de jogadora, atuou por São Paulo, Palestra de São Bernardo, Teresópolis e Veranópolis, do Brasil, e encerrou sua carreira no Napoli, da Itália, em 2009. Ela também serviu à seleção de Portugal.
Além do histórico dentro de campo, Emily tem experiência também à beira do gramado: além da Seleção Brasileira Feminina, comandou as seleções sub-15 e sub-17, além de Juventus, São José e Santos.
"Hoje, os rivais respeitam o Equador. Isso é positivo para a parte mental.""
- Emily Lima, técnica do Equador
Pia Sundhage - técnica do Brasil
Em sua época de jogadora, Pia defendeu a seleção da Suécia. Quando decidiu pendurar as chuteiras, optou por permanecer próxima ao campo, como treinadora - e sua experiência nesta posição é ampla.
Em 2003, estreou como técnica com o Boston Breakers, que disputa a USWNL, dos Estados Unidos. Depois, treinou times na Noruega e na Suécia. Foi em 2007 que deu início ao seu trabalho com seleções nacionais.
Começou como assistente técnica da China, em 2007, e no ano seguinte foi contratada para comandar a seleção dos Estados Unidos - mais tradicional e vitoriosa da modalidade. Por lá, conquistou dois ouros olímpicos, em Pequim e em Londres. Em 2012, a Fifa a nomeou melhor treinadora do ano.
Em 2013, Pia retornou à Suécia, agora como técnica da seleção de seu país, posição que ocupou até 2017. Por dois anos, treinou a seleção sueca sub-17. Em 2019, após a Copa do Mundo da França, assumiu como técnica da Seleção Brasileira, se tornando a primeira estrangeira a comandar a equipe.
Na Colômbia, o Brasil vai em busca de sua oitava taça. Pia Sundhage será a primeira comandante mulher campeã da Copa América?