Os altos e baixos da Seleção Brasileira após a última rodada das Eliminatórias
Por Lucas Humberto
Impiedosa até mesmo com a altitude de La Paz, a seleção brasileira venceu a Bolívia nesta terça-feira (29), por 4 a 0, gols de Lucas Paquetá, Richarlison (duas vezes) e Bruno Guimarães. Embora a Canarinho ainda tenha que enfrentar a Argentina, em clássico que será agendado posteriormente, a partida atrasada não irá impor nenhuma mudanças em termos de pontuação.
Diante disso, podemos afirmar que os comandados de Tite garantiram a melhor campanha da história das Eliminatórias. São 45 pontos conquistados, 40 gols anotados e somente cinco sofridos. Regular e consistente, o time nacional deixa seu torcedor esperançoso. Abaixo, nós listamos os altos e baixos da seleção na última rodada.
1. Lucas Paquetá se consolida
Muito além do sétimo gol pela seleção e da belíssima tabelinha com Bruno Guimarães, Lucas Paquetá se consolidou no grupo de Tite como a peça capaz de dançar conforme a música. Incansável, o meia "empresta" toda sua habilidade para fazer com que seus companheiros tenham boa condição de brilhar nos metros finais. Isso quando ele mesmo não o faz!
2. Bruno Guimarães e Richarlison aproveitam a oportunidade
Poucos jogadores aproveitaram tanto a convocação quanto Bruno Guimarães. Com gol e terceira assistência, o meia do Newcastle foi o grande nome da goleada diante da Bolívia. Além do índice altíssimo de acerto de passes, o atleta mostrou-se incisivo nas infiltrações.
E por falar em postura ofensiva, Richarlison não poderia ter deixado melhores credenciais aos seus críticos. Oportunista e bem posicionado, o atacante parece se transformar com a camisa da seleção brasileira. Dificilmente não estará na lista final de Tite!
3. Martinelli deixa Tite com a pulga atrás da orelha
Velocista, driblador e potente, Gabriel Martinelli pode até não ser o jogador com os melhores números, mas mostrou pleno domínio de características que sempre fizeram sucesso na seleção. Habituado ao futebol europeu, o jovem atleta do Arsenal pediu passagem para a Copa. Resta saber se Tite irá atendê-lo.
4. Alisson, Dani Alves, Fabinho e Philippe Coutinho: os experientes
Contra a Bolívia, Alisson, Dani Alves e Fabinho mostraram o porquê de serem pilares dos últimos ciclos. Nem mesmo a altitude de La Paz desestabilizou os nomes mais experientes. O goleiro, por exemplo, protagonizou pelo menos quatro defesas difíceis.
A única "má notícia" ficou por conta de Coutinho. Embora não tenha necessariamente comprometido, o meia sentiu os efeitos da altitude e errou passes que não costuma errar. Passou a impressão de ter sido vencido pelo cansaço.
5. Tite lida bem com a ausência de Neymar
Dependência de Neymar? Não pelo que vimos nesta terça. Mesmo sem seu camisa 10, a seleção brasileira se despediu das Eliminatórias com aparente harmonia dentro do grupo. Dos titulares aos suplentes, a Canarinho inicia os compromissos de 2022 da melhor maneira possível: unida.