Corinthians negocia venda de parte da Neo Química Arena na bolsa de valores

  • Clube está disposto a abrir mão de até 49% do estádio
  • As conversas entre o Timão e a Caixa ocorrem há meses
Clube quer fugir do pagamento de juros à Caixa Econômica Federal
Clube quer fugir do pagamento de juros à Caixa Econômica Federal / Ricardo Moreira/GettyImages
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O Corinthians, em seus últimos dias sob a gestão do presidente Duilio Monteiro Alves, está em negociações avançadas com a Caixa Econômica Federal para vender até 49% das cotas da Neo Química Arena na bolsa de valores. O objetivo principal da iniciativa é reduzir os pagamentos de juros ao banco estatal, que financiou a construção do estádio. Em 2023, o clube deve repassar quase R$ 100 milhões à Caixa, parte de um compromisso financeiro que se estende até 2041.

"O Corinthians tem um fundo, que é dono de 100% da Arena, e esse fundo pode ser colocado no mercado. Alguém pode comprar 49% desse fundo se eu quiser vender, e eu gostaria de vender. Se alguém quiser comprar, por favor nos procure"

Wesley Melo, diretor financeiro do Timão

As conversas entre o Timão e a Caixa ocorrem há meses, com a assessoria da empresa KPMG. Duilio Monteiro Alves expressou a intenção de manter o Corinthians como sócio majoritário e controlador do estádio. Dois modelos de negócio estão em discussão: um investidor com maior capacidade financeira faria um aporte milionário, comprando uma quantidade significativa de cotas, enquanto o segundo modelo envolveria a oferta de até 49% das cotas na bolsa de valores.

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A venda das cotas permitiria que os investidores recebessem dividendos, provenientes das receitas da Arena, incluindo venda de ingressos, aluguéis de espaços comerciais e realização de eventos. Com as cotas disponíveis no mercado, até torcedores de clubes rivais poderiam adquirir uma parte do estádio corintiano.

Caso o acordo não seja finalizado durante o mandato de Duilio Monteiro Alves, os candidatos à presidência do Corinthians pelo próximo triênio, André Negão (situação) e Augusto Melo (oposição), seriam responsáveis por concluir o processo de venda de parte da Arena na bolsa de valores. O clube busca assim uma estratégia para aliviar uma das principais dívidas, proporcionando um novo capítulo na história financeira do Corinthians e de sua icônica Neo Química Arena.