Corinthians tem pior desempenho financeiro entre clubes brasileiros durante o primeiro semestre de 2020

Pedro Vilela/Getty Images
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A pandemia de coronavírus e a consequente paralisação do calendário do futebol atingiu em cheio as finanças dos clubes. No entanto, houve quem ultrpassasse o período sem agravar suas dívidas, caso de Vasco da Gama e Grêmio. O Corinthians, no entanto, é o exemplo contrário. Com base em análise feita pelo GE.Globo, o Timão teve o pior desempenho do país.

Em seis meses, o endividamento da instituição subiu de R$ 665 milhões para R$ 902 milhões. Além disso, o perfil da dívida piorou. Se antes os compromissos de curto prazo (vencimento inferior a um ano) chegavam a R$ 399 milhões, agora somam R$ 548 milhões. São R$ 91 milhões a mais para pagar a fornecedores, R$ 29 milhões a mais em empréstimos, R$ 68 milhões em direitos de imagem, R$ 5 milhões em impostos parcelados, R$ 46 milhões em salários e encargos e R$ 5 milhões a mais em outras contas. Já os de longo prazo aumentaram de R$ 266 milhões para R$ 354 milhões, mas isso não chega a ser um problema, já que tem relação direta com acordos feitos junto ao governo para parcelamento de pendências.

Este quadro, obviamente, reflete no dia a dia do futebol. O Corinthians precisou buscar novos empréstimos bancários, deixando jogadores sem receber salários e direitos de imagem e fornecedores "a ver navios". De bom, apenas, o fato de o clube, na comparação com o primeiro semestre de 2019, ter conseguido aumentar as receitas de R$ 208 milhões para R$ 310 milhões - isso tem a ver, e muito, com a venda de Pedrinho para o Benfica. Além disso, a despesa com a folha dos profissionais da bola baixou de R$ 113 milhões para R$ 92 milhões. Mesmo assim, o Timão é um dos que mais gasta com remuneração no futebol brasileiro.

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