Corte Europeia de Justiça dá parecer favorável a clubes que desejam criar a Superliga - veja detalhes

  • Segundo o órgão, Fifa e Uefa não têm poder de sancionar equipes participantes
  • Competição, agora, pode sair do papel, com 64 participantes no masculino e 32 no feminino
Barcelona e Real Madrid são maiores entusiastas do torneio
Barcelona e Real Madrid são maiores entusiastas do torneio / Alex Caparros/GettyImages
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A Superliga europeia, competição tão desejada por alguns dos grandes clubes do Velho Continente, vai sair? Não se sabe. Porém, os defensores do torneio tiveram, nesta quinta-feira, uma vitória fora das quatro linhas. A Corte Europeia de Justiça informou que Fifa e Uefa não podem impedir equipes de ingressar em novas disputas.

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Em 2021, quando o projeto foi apresentado, as entidades foram a público ameaçar clubes e jogadores com a proibição de participarem de torneios pré-existentes. Naquele momento, a repercussão negativa da opinião pública fez com que boa parte das equipes defensoras da Superliga dessem um passo para trás. Agora, no entanto, o veredito faz aumentar o otimismo para que a competição saia do papel.

"As regras da Fifa e da Uefa que sujeitam qualquer novo projeto de futebol interclubes à sua aprovação prévia, como a Superliga, e que proíbem clubes e jogadores de jogar essas competições, são ilegais."

Comunicado do tribunal europeu

O posicionamento se dá mesmo com o mundo do futebol sendo sabedor que entidades, sim, possuem certo poder para organizar torneios.

"O Tribunal observa que a organização de competições interclubes de futebol e a exploração dos direitos de transmissão são, evidentemente, atividades econômicas. Devem, portanto, respeitar as regras da concorrência e respeitar as liberdades de circulação, embora o exercício econômico do desporto tenha certas características específicas, como a existência de associações dotadas de determinados poderes de regulação e de controle e de imposição de sanções."

Comunicado do tribunal europeu

Barcelona e Real Madrid eram, lá atrás, os principais entusiastas da Superliga europeia. A ideia é ter uma competição dividida em séries, com um total de 64 clubes participantes entre os homes e 32 entre as mulheres.