Crise? Barcelona pode perder de graça dupla de reforços por impasse envolvendo LaLiga
Por Lucas Humberto
Contratados, apresentados e... negociados? Esse pode ser o destino de Andreas Christensen e Franck Kessié no Barcelona. Caso a dupla não consiga ser registrada em tempo hábil para a estreia de LaLiga neste sábado, 13, contra o Rayo Vallecano, existe a possibilidade de uma transferência gratuita. A questão econômica desponta novamente como cerne do problema.
Repetindo a tendência de anos anteriores, os blaugranas chegam às vésperas do início desta edição do Campeonato Espanhol com dificuldades para inscrever dois dos seus reforços devido ao teto salarial imposto pela liga. Christensen e Kessié, vale lembrar, foram contratados como agentes livres de Chelsea e Milan, respectivamente.
Internamente, a diretoria acredita que vai resolver o problema. Por outro lado, segundo informações da ESPN, os dois jogadores podem acionar uma cláusula no contrato e assinar com outro clube caso não estejam regularizados na primeira rodada do Espanhol. Apesar da possibilidade, os culés devem fazer uso do bom e velho diálogo com empresários para evitar medidas tão drásticas.
Lewandowski, Raphinha e Koundé também não foram inscritos, assim como Sergi Roberto e Dembélé, que tiveram contrato renovado. Mas, diferentemente de Christenses e Kessié, os demais não chegaram como agentes livres. De qualquer maneira, há otimismo por parte dos cartolas de que os sete serão regularizados em breve.
Na temporada passada, o Barcelona viveu um drama semelhante. Um dia antes do início de LaLiga, Piqué acertou as bases de um acordo de redução salarial, permitindo assim a inscrição de Memphis Depay e Eric García. Para ter Sergio Agüero à disposição, Busquets e Alba também tiveram que passar por cortes nos vencimentos.
Até agora, a equipe da Catalunha gastou mais de 150 milhões de euros em contratações (cerca de R$ 785 milhões), mas arrecadou um valor superior a 600 milhões de euros em receitas. Ainda assim, não há margem suficiente para inscrever novos atletas. No fim da última campanha, a liga impôs ao clube um corte de 144 milhões de euros (cerca de R$ 753 milhões) em seu teto salarial.