Crise se acentua, e Santos precisa, sim, se preocupar para não seguir mesmo caminho do Cruzeiro

A crise é notória. Os problemas de fora do campo atingiram, sim, o vestiário do Santos. E o clube, se não reagir rapidamente (o que parece bem difícil de acontecer, sejamos sinceros), abre o Campeonato Brasileiro sem qualquer perspectiva, podendo até mesmo se tornar presa fácil para o tão temido rebaixamento.

Vejam bem. Não estou dizendo que o Peixe cairá para a segunda divisão ou lutará nas últimas posições da tabela. Apenas o cenário atual aponta para isso. Os dirigentes não se resolvem entre eles e parecem adorar uma briga política, que nada mais é do que uma disputa de egos. Diante desta situação, na qual o desejo de poder fala mais alto, o caminho natural é colocar o futebol em absoluto segundo plano. Ou seja, os problemas se acumulam e não existe luz no fim do túnel.

O Santos, desde o início do ano, não tem um grupo dos mais qualificados. Por isso, contratou um técnico com experiência, bagagem, capaz de chegar na Vila Belmiro e dominar um grupo que entrou em ebulição por conta de atrasos em pagamento e cortes arbitrários de salário. Mas isso, como se nota, não foi suficiente. É jogador pedindo na Justiça o rompimento do contrato, é jogador sendo expulso a todo momento, é jogador falhando quando não podia falhar.

A cabeça não está no lugar, e quem pensava que Jesualdo Ferreira, sozinho, era capaz de fazer o coletivo passar por cima das adversidades, falhou - obviamente, falo do presidente José Carlos Peres. Ele não é mágico, e já deixou claro, também, que não teme uma demissão. O "nem sequer me preocupa, que façam o que quiserem", dito na entrevista coletiva pós-eliminação no Campeonato Paulista, é mais um sinal de desgaste. É uma "bomba" atrás da outra. E o Brasileirão vem aí...reflitam, vocês, se o momento não é para ter, no mínimo, um "medinho" de o Peixe de 2020 ser o Cruzeiro de 2019.

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