Cuca eternizou seu nome como maior técnico da história do Atlético-MG
Por Lucas Humberto
A espera foi longa. Cinco décadas e gerações inteiras de atleticanos que se foram, enquanto outros vieram ao mundo. Quase dois planetas diferentes entre 1971 e 2021. Mas, mesmo diante de tantas transformações, algo permaneceu imutável: o prestígio da título brasileiro. E pelo Atlético-MG, apenas dois treinadores sentiram o gosto da vitória: Telê Santana e Cuca.
As comparações são inevitáveis. E, nesse caso, até justas, diga-se de passagem. Os feitos de Telê, que conduziu um grupo marcado pelo brilhantismo de Dadá Maravilha, seguirá merecidamente reverenciado nas páginas dedicadas ao Galo na história do futebol. Não teria como ser diferente, afinal, as primeiras vezes costumam ser especiais. Neil Armstrong que o diga.
Mas, o hiato de conquistas expressivas foi extenso, longo demais. Mudaram técnicos, jogadores, comissão, presidência. Quase dois planetas diferentes entre 1971 e 2013. O Atlético parecia esperar a chegada do iluminado cometa Cuca, que levou Ronaldinho Gaúcho e seus companheiros ao topo da América do Sul.
O técnico se despediu e o hiato insistiu em retornar - claro, houveram conquistas nos últimos anos, mas nada tão expressivo assim. Até que, em 2021, Cuca deu aula de como gerir elencos estrelados e levou o Galo ao bicampeonato nacional. Treinador, gestor, ídolo. Em termos de conquistas, ninguém representa tanto aos mineiros quanto Alexi Stival.
E talvez nem ele saiba disso: "Ah, é o Telê. Não tem como comparar. Eu era fã dele. Se eu ficar em segundo ou terceiro já está bom. Um jogo desse, complicado, virada histórica. A gente tomando o 2 a 0, a torcida devia estar p... da vida, xingando tudo, e nós viramos. Que alegria, meu Deus", respondeu o treinador ao ser questionado sobre o posto de maior comandante do Galo. Telê foi memorável. Mas Cuca é eterno.