Cuidado, Galo! Claro que Hulk agrega, mas nem só de estrelas se faz um time de futebol
Por Fabio Utz
Um time de futebol se faz com bons jogadores, obviamente. Mas não é só de estrela que vive um clube. O Atlético-MG, ao contratar Hulk, na teoria acerta com um atleta acima da média no futebol nacional, embora não seja aquele "top de linha" em termos de mercado - na minha opinião, nunca foi. Agora, é preciso cuidar para não deixar subir à cabeça a ideia de que apenas nomes deste patamar são necessários.
Desde 2020, o forte apoio dos chamados mecenas garantiu um aporte financeiro capaz de transformar o Galo em um dos elencos mais poderosos do Brasil. Mesmo na crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, o investimento de cerca de R$ 200 milhões chamou a atenção. A pergunta que fica é: os dirigentes sabem o que estão fazendo, a ponto de não se perder o controle administrativo da instituição?
Eu espero que sim, pois existe um exemplo bem perto de clube (Cruzeiro) que fracassou quando tentou formar um elenco de estrelas sem ter a mínima rédea sobre suas finanças. Quando se usa o futebol como palanque ou como uma forma de se satisfazer egos, a chance de uma queda gigantesca aumenta de forma exponencial. Ainda mais no Brasil, conhecido por gestões temerárias e que estão pouco preocupadas em deixar um legado. Acho (olhando de fora, claro) que o Atlético-MG não chega a este ponto (mesmo pagando cerca de R$ 1,3 milhão por mês, entre salários e luvas, para ter o ex-seleção brasileira), mas é sempre bom olhar para o lado e ver o que de ruim acontece para não fazer exatamente igual.
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