De Andres Rueda aos jogadores: 4 motivos que explicam o rebaixamento do Santos no Brasileirão 2023

  • Peixe vai disputar a Série B pela primeira vez em 2024
  • Além disso, Alvinegro Praiano só tem mais uma competição pra disputar no próximo ano, o Campeonato Paulista, visto que ficou sem vaga na Copa do Brasil nem Copa Sul-Americana
O Santos se esforçou para ser rebaixado no Brasileirão este ano
O Santos se esforçou para ser rebaixado no Brasileirão este ano / Eurasia Sport Images/GettyImages
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A seleta lista dos clubes que nunca foram rebaixados no Campeonato Brasileiro perdeu um nobre integrante na noite da última quarta-feira (6), quando o Santos Futebol Clube não conseguiu evitar o primeiro descenso da sua história. Agora, somente três equipes da elite estão nesse grupo: Flamengo, São Paulo e Cuiabá.

Rebaixado, o Peixe conheceu o amargo da queda e agora vai ter de juntar forças para o ano que está chegando. Em 2024, o time da Vila Belmiro vai disputar apenas duas competições: o Campeonato Paulista e a Série B. Será, sem dúvidas, uma dura temporada para o clube.

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Mas, afinal, como isso aconteceu? O que explica o rebaixamento do Santos? Confira alguns motivos:

1. Gestão Andres Rueda

Andres Rueda
Andres Rueda afundou o Santos. / Jota Erre/Photo Premium/Gazeta Press

A administração de Andres Rueda vai ficar marcada para sempre na história do Santos. Contudo, não por bons motivos. O presidente, eleito em 2021 e que está de saída, errou em praticamente tudo na gestão: suas más escolhas colocaram o Peixe no caminho do rebaixamento.

Aliás, por conta das decisões equivocadas de Rueda, que cometeu escassos acertos nesses anos, o Peixe sequer vinha tendo condições de competir no mais alto nível. Não por acaso, é importante mencionar, o clube brigou contra o descenso até no Estadual. É, sem dúvidas, o maior culpado nesta queda do Santos.

Aqui, porém, também é necessário ressaltar o papel apático dos Conselheiros do Peixe, que, omissos, não podem ser desconsiderados nesta conta. O torcedor do Santos vai entender como o clube caminhou para a Segundona e, sobretudo, como isso passa pelo mandatário.

2. Quatro técnicos em 2023

Marcelo Fernandes
Marcelo Fernandes foi demitido e recontratado pela mesma gestão / Eurasia Sport Images/GettyImages

O Santos começou o ano com Odair Hellman, mas não emplacou e decidiu mudar depois da eliminação na fase de grupos do Paulistão e da Copa Sul-Americana. Chegou Paulo Turra, profissional com pouquíssima experiência para tamanho desafio e ficou sete jogos no cargo (com uma vitória neste período). Em seguida, então, o Peixe contratou o uruguaio Diego Aguirre, que teve passagem relâmpago - uma vitória em cinco jogos e foi demitido. No fim, restou dar chance ao auxiliar técnico Marcelo Fernandes. Qual foi o projeto com essas mudanças? Qual técnico conseguiria implementar uma filosofia, uma forma de trabalho, nesse ambiente? Impossível.

3. Elenco carente e limitado

Guilherme Messias
Messias terminou a partida contra o Fortaleza ao lado de Jair, de 18 anos, único reserva para a zaga no jogo mais importante do ano para o clube / Eurasia Sport Images/GettyImages

O Santos já vinha há muito tempo lutando contra problemas financeiros e isso não pode ser desconsiderado. No entanto, o Peixe poderia ter montado um elenco muito mais ajustado e competitivo para esta temporada. Aliás, como avaliar determinados reforços do clube? As apostas, de fato, não deram certo... e a conta chegou.

4. Polêmicas...

Eduardo Bauermann
Eduardo Bauermann foi apenas um dos problemas extracampo que o Santos teve para administrar em 2023 / Pedro Vilela/GettyImages

Não faltaram polêmicas no ano do Santos: Eduardo Bauermann punido na Operação Penalidade Máxima; Paulo Roberto Falcão acusado de assédio; casos de indisciplina envolvendo jogadores importantes do elenco, como Soteldo e o artilheiro Marcos Leonardo, dentre outros casos. Tudo isso, claro, não passou despercebido e, aos poucos, foi minando o próprio clube, que, desta vez, não conseguiu evitar o rebaixamento.