De contratações ao Profut: como a dívida do Santos saltou R$ 150 milhões em dois anos
Por Nathália Almeida
Clube de camisa pesadíssima e berço do maior jogador da história do futebol, o Santos tem, em 2020, possivelmente o ano mais desafiador de sua história em nível administrativo/financeiro. Para além das drásticas consequências trazidas pela pandemia global de coronavírus - que gerou um baque grande nos cofres de todos os clubes do futebol mundial -, o Peixe se vê obrigado a equacionar uma herança altamente problemática deixada pela gestão José Carlos Peres,
Como destaca o UOL Esportes, a dívida total do Santos saltou nada menos do que R$ 150 milhões somente nos últimos dois anos, situação trágica ao ponto do presidente em exercício, Orlando Rollo, confirmar em entrevista que o clube se encontra 'à beira do abismo'. Após estudar detalhadamente as finanças alvinegras desde o primeiro trimestre de 2019, a Comissão de Transição destrinchou os principais motivos para o salto no débito santista. Vamos a eles:
1. Compra do atacante Soteldo - R$ 6,5 milhões não quitados junto ao Huachipato (CHI);
2. Aumento da dívida com o fundo de investimento Doyen para R$ 51 milhões, por conta de um compromisso não honrado;
3. Impostos e benefícios como IRRF, INSS e FGTS totalizando R$ 15 milhões no último trimestre de 2019, também não quitados pelo clube;
4. Aquisições de outros jogadores como o zagueiro Felipe Aguilar (R$ 15 milhões) e o meia Christian Cueva (R$ 26 milhões), que inclusive já não mais integram o elenco alvinegro;
5. Parcelas do Profut em atraso: R$ 600 mil computados no balancete do segundo semestre de 2020 e outros R$ 460 mil no terceiro trimestre de 2020.