Não deu, São Paulo! Del Valle se impõe ao Tricolor, ganha por 2 a 0 e garante bicampeonato da Sul-Americana
Por Fabio Utz
A Copa Sul-Americana tem um novo bicampeão. Mas não é o São Paulo. Neste sábado, quem comemorou foi o Independiente del Valle, do Equador. No estádio Mario Kempes, em Córdoba (Argentina), o time de Martin Anselmi ganhou por 2 a 0 e garantiu a conquista.
Com o resultado, a esperança são-paulina de voltar a dar uma volta olímpica fora do âmbito estadual após uma década foi para os ares. E o final de ano, que poderia ser de festa com mais um troféu na galeria e a consequente disputa da próxima Libertadores, terá um clima de funeral.
Como foi o jogo
O Tricolor não teve lá um bom início de jogo. Parecia, sim, um tanto quanto nervoso, muito embora contivesse as ações de um rival que, se sabia, gosta de tocar a bola sem medo de ser feliz. Na primeira grande chance do Del Valle, aos 11 minutos, Felipe Alves salvou com os pés um chute de Díaz. Só que, dois minutos depois, em lance bastante parecido, não foi possível evitar o gol dos equatorianos. Diego Costa afastou mal, Faravelli, sem marcação, encontrou Díaz pelo lado direito de ataque. Ele, que era colocado como dúvida para a decisão, arrematou forte, cruzado, e abriu o marcador.
Os instantes seguintes, sem dúvida alguma, foram de apreensão. Como o São Paulo reagiria ao baque? Até que bem. Mesmo que Sornoza, em uma conclusão colocada, tenha acertado a trave de Felipe Alves - o arqueiro chegou a tocar na bola com a ponta da luva -, a essa altura o time brasileiro já havia criado, com Calleri, a sua principal oportunidade - depois de um pivô de Luciano, o argentino não pegou bem e parou em Ramírez.
Tentando impor uma marcação de pressão, o Tricolor viu que tinha espaço para atacar o rival. Só que, volta e meia, caiu na armadilha da linha do impedimento. Esse problema, no entanto, foi solucionado para o início da etapa final. Os comandados de Rogério Ceni foram decididos a empurrar o Del Valle para trás. Logo na arrancada, Rodrigo Nestor obrigou Ramírez a grande intervenção. Na sequência, Calleri perdeu, de cabeça, praticamente na linha da pequena área.
Sim, a bola cansou em rondar a área dos equatorianos, só que a rede não balançou - aliás, Ramírez foi decisivo. E, se não bastasse isso, o adversário conseguiu fazer mais um gol. Aliás, bem ao seu estilo. Tocou bola até garantir um lançamento preciso para Sornoza às costas de Diego Costa. Na sequência, Díaz encontrou Faravelli, que deu um toque preciso, no canto, para ampliar. Eram 21 minutos, e ali o título foi consolidado. E sem qualquer tipo de contestação e/ou injustiça. Nos acréscimos, Calleri e Diego Costa ainda acabaram expulsos. Foram os últimos atos de uma tarde frustrante.