Dependência da Fiel? Aproveitamento do Corinthians de Vìtor Pereira 'despenca' fora de casa
Por Lucas Humberto
Desde que desembarcou na Neo Química Arena, há dois meses, Vítor Pereira vem tentando imprimir seu estilo, melhorar a consistência técnica e física do Corinthians e, claro, emplacar bons resultados. Há, no entanto, algo que o treinador ainda não conseguiu fazer: desenvolver a constância dos seus comandados atuando longe dos seus domínios.
Em Itaquera, o Timão conquistou 86% dos pontos disputados sob comando do treinador luso. Se considerarmos os compromissos como visitante, a porcentagem cai para menos da metade: 38,8%. Em casa, são quatro vitórias, sendo a mais recente contra o Boca Juniors, pela Libertadores, um empate, nenhuma derrota, 12 gols anotados e somente um sofrido.
Longe da Neo Química Arena é que mora o problema. Atuando fora, os alvinegros possuem duas vitórias, cinco derrotas, um empate, sete gols marcados e incríveis 12 sofridos. Contudo, é necessário ressaltar que, dos oito jogos de Vítor Pereira fora de casa, quatro foram clássicos - dois contra o São Paulo e dois contra o Palmeiras.
Se o alto nível dos confrontos consegue justificar parte da irregular atuação corintiana longe dos seus domínios, o apoio maciço da Fiel explica a boa performance em Itaquera. A média de público nos cinco jogos de Pereira disputados na Arena foi de 38 mil pagantes. Na última terça-feira (26), o clube colocou mais de 44 mil torcedores para assistir a derrota do Boca Juniors.
"Aqui (em Itaquera) é uma atmosfera única. É uma torcida que nos apoia, sentimos a energia, os jogadores também sentem lá dentro, acredito que claramente foi uma ajuda para conquistarmos os três pontos que queríamos com muito trabalho", destacou Filipe Almeida, auxiliar que substituiu o técnico português no último compromisso.
"Nossa postura sempre será a mesma, de buscar os três pontos e impor nossa forma de jogar. Os jogadores sabem bem o que pretendemos desde o primeiro dia, as ideias são as mesmas, estamos a corrigir e melhorar. Vamos para os jogos fora de casa com a mesma postura. A única diferença é que não temos a torcida a nos apoiar", completou.