Diniz pede desculpas por tratamento à imprensa e admite que Fluminense precisa "voltar ao prumo"
- Treinador chamou entrevista coletiva de surpresa nesta quinta-feira
- Diniz acredita que trabalho coletivo leve novamente Tricolor ao topo
Por Fabio Utz
A convocação de uma entrevista coletiva de Fernando Diniz pegou a todos de surpresa na manhã desta quinta-feira. Afinal, o Fluminense não tem compromissos até a estreia na Libertadores - na primeira semana de abril. Ou seja, ficou a curiosidade para saber sobre o que realmente o técnico iria falar.
No fim, o objetivo inicial da fala era se desculpar pela forma com que se dirigiu à imprensa no último sábado, quando da eliminação do time no Campeonato Carioca.
"Quero pedir desculpas pelo tom agressivo com que me dirigi em alguns momentos e também pela generalização que fiz da imprensa, coisa que eu não gosto. Eu tenho uma relação que consiudero muito positiva, especial, com vocês da imprensa. Há muitos que eu sei que são muito sérios e muito bons. Alguns tricolores, outros que não são, mas que cobrem o Fluminense com muita seriedade. E blogueiros também. Muita gente séria, mas muita gente que acaba criando coisas ruins e atrapalham não apenas o Fluminense, mas o ambiente do futebol como um todo."
- Fernando Diniz
Porém, aproveitou a oportunidade para admitir que o time precisa de uma retomada dentro das quatro linhas.
"O Fluminense é um time que está aprendendo a ganhar coisa grande. Quando se ganha algo como a Libertadores, tem que aprender a não se fragilizar para os eventos que vêm a seguir. E a realidade é que teve uma acomodação. Ninguém faz por querer. A gente tem que aprender a voltar logo para o prumo. E esse aprendizado a gente está tendo agora."
- Fernando Diniz
Na visão do técnico do Flu, somente o trabalho coletivo realizado dentro das Laranjeiras é que fará com que a equipe possa disputar em condições de ganhar com rivais que possuem um orçamento muito maior - o Tricolor, segundo ele, arrecada algo em torno de R$ 350 milhões por ano, e há times com orçamento superiores a R$ 1 bilhão. "Precisamos ter solidariedade, fome e coragem para fazer as coisas. Foi algo que ficamos oscilando mais para baixo do que para cima. Agora é pegar o que aconteceu no segundo jogo da semifinal (do Estadual) e traçar os nossos objetivos para a temporada", completou.