Diretor expõe bastidores de saída de CR7 e revela estrela que a Juventus se arrependeu de não contratar
Por Nathália Almeida
Apontado por muitos como um dos clubes que saíram fortemente derrotados da última janela de transferências, a Juventus vive um mau início de temporada e começa a experimentar algo que lhe foi bem raro nos últimos dez anos: pressão.
Insatisfeitos com o mercado do clube e preocupados com o prospecto de futuro da Velha Senhora, torcedores têm questionado bastante a atuação da alta cúpula bianconera. Um dos principais alvos das críticas é Federico Cherubini, promovido ao cargo de diretor esportivo no último mês de julho, assumindo o posto que era de Fabio Paratici. Em longa entrevista ao'Tuttosport', Cherubini expôs os bastidores da saída de Cristiano Ronaldo, revelando o porquê das negociações com o Manchester City não terem avançado: não queria pagar nenhuma compensação financeira pelo jogador.
"Na semana anterior ao jogo contra a Udinese, tínhamos certeza de que ele ficaria. Eu não quero ser hipócrita e dizer que foi bom gerenciar essa situação em 28 de agosto. Todo mundo teria ficado mais feliz em lidar com algo semelhante um mês antes. Depois, não poderia haver um fim diferente, dada a maneira como Ronaldo falou conosco, pedindo para ser negociado. Não podíamos forçar um jogador a permanecer em um contexto que ele não reconhecia mais. O Manchester United se comportou de maneira diferente, como um clube com tradição", revelou.
Em outro trecho da longa entrevista, Cherubini destrinchou o projeto de renovação que vem sendo realizado pela Juventus, com aquisição de jovens valores que tenham condição de chegar e jogar, mas que, especialmente, sejam preparados para o futuro próximo. Em linhas gerais, o dirigente está satisfeito com os nomes que chegaram à Turim nos últimos anos - De Ligt, Demiral, McKennie, Chiesa, Locatelli e outros -, mas uma oportunidade de mercado perdida pela Velha Senhora ainda dói no clube. E não se trata de Gianluigi Donnarumma, que rumou ao PSG.
"Nos arrependemos de não termos assinado com Erling Haaland em 2017, quando ele ainda era jogador do Molde. Seria estúpido dizer algo diferente disso. Entretanto, as coisas precisam ser colocadas em contexto: jovens jogadores por vezes ficam temerosos com negociações via empréstimo, e à época ainda estávamos aprimorando nosso projeto do sub-23. Talvez a perspectiva que oferecemos a ele, naquele momento, não soou muito animadora ou empolgante", afirmou.