Diretor jurídico do Grêmio pede humildade para reconhecer momento de "vergonha" - discurso oficial já não convence
Por Fabio Utz
Para o técnico Renato Portaluppi, o momento do Grêmio é "excepcional". O vice-presidente de futebol Paulo Luz, para corroborar a posição de seu comandado, valorizou as 16 partidas de invencibilidade no Campeonato Brasileiro e o fato de que o clube, além de estar na final da Copa do Brasil, foi tricampeão gaúcho. Mas não é todo mundo da direção que está satisfeito.
Em manifestação através de seu Twitter pessoal, Nestor Hein, diretor jurídico do Tricolor, explicitou seu descontentamento com os últimos resultados da equipe e, principalmente, com a postura dentro das quatro linhas. Sua manifestação, sim, foi bastante forte, deixando claro que as palavras de estímulo já não lhe convencem. "Temos tempo até o clássico (Gre-Nal, do próximo domingo) para um reencontro com o velho Grêmio. Intenso, focado e estratégico. Precisamos de humildade e reconhecer que estamos envergonhando nosso torcedor", escreveu o dirigente.
Hein é conhecido por não "tapar o sol com a peneira". Quando da eliminação na Libertadores, diante do Santos (goleada por 4 a 1), já havia sido bastante incisivo. "Desculpas torcedor. Mais dolorido que contra o Flamengo (5 a 0, na edição de 2019 do torneio). Agora é Copa do Brasil", disse. Também foi claro, recentemente, ao demonstrar que o mau desempenho de Jean Pyerre "furou seu prognóstico", uma vez que afirmou que este se tornaria o grande nome do futebol brasileiro.
OPINIÃO DE HEIN DEVERIA SER ADERIDA POR QUEM FALA EM NOME DO GRÊMIO
Eu sei, é difícil vir a público e admitir que as coisas não andam bem, ainda mais para quem tem um ego maior que o corpo. Mas, sim, o diretor jurídico do Grêmio fala o que o torcedor azul gostaria de ouvir. E vou mais adiante. Se o time envergonha seu torcedor (como ele afirma), e envergonha, a direção não fica para trás. Seja através de quem fala ou daqueles que se calam em momentos de turbulência.
O Grêmio, contra Palmeiras e Atlético-MG, foi patético. Não adiante alguém vir aqui argumentar sobre poder de reação. De que ele adiantou? Para somar empates que não levam a nada, embora a cúpula do futebol valorize isso como um feito e tanto. O Tricolor tem é que jogar futebol para vencer, e para isso os dirigentes precisam encostar no técnico Renato e dizer que as estratégias adotadas estão completamente equivocadas. Eu sei que eles não têm poder e coragem para isso, e é por isso que algo precisa ser mudado, seja para encerrar um ciclo ou para dar seguimento ao mesmo (com hierarquia).
Ah...o que o presidente Romildo Bolzan pensa de tudo isso? Ninguém sabe porque ele não fala. Então, ficamos com Nestor Hein e sua honestidade.
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