Discurso de Denis Abrahão não surte efeito, e homem forte do futebol do Grêmio começa a se perder nas palavras
Por Fabio Utz
Ao ser confirmado como vice-presidente de futebol do Grêmio, eu falei neste espaço: Denis Abrahão surgia como o "diferente" em meio à mesmice de discursos do ambiente tricolor ao longo dos últimos anos. Só que, até o momento, a sua fala forte não surtiu muito efeito, e dá para se dizer que o cartola até tem passado um pouco do ponto.
Não, não ofendeu ninguém - pelo contrário, trata todo mundo com extrema educação - e não se escondeu dos microfones, ao contrário do presidente Romildo Bolzan Júnior. Só que mandar no vestiário não significa ter autorização para falar tudo e mais um pouco. Naturalmente, ele acaba se perdendo nas palavras, como aconteceu no último sábado. Não se pode, em meio a uma turbulência sem tamanho, dar todo respaldo a um treinador que não conseguiu implantar uma filosofia de jogo e atirar a responsabilidade do fracasso em cima dos atletas.
A gente sabe, Denis está sofrendo como qualquer gremista, e ele tem a exata noção de que assumiu um posto crucial de um clube em ruínas. Porém, ao aceitar o desafio, também acaba se tornando responsável pelos destinos da equipe. No seu discurso forte, fica clara a decepção. Mas, este é o ônus do cargo. E, nessas horas, é necessário saber colocar um pé no freio.
Se existe um sopro de esperança de escapar do rebaixamento, não se pode trucidar aqueles que, em última instância, colocam a bola no gol. Nesta terça, quando o Grêmio recebe o Red Bull Bragantino, se verá o resultados destas manifestações um tanto quanto atrapalhadas, mas sinceras, do homem do futebol azul.
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